Essa é uma fobia que consiste no medo irracional de envelhecer e que, portanto, está bastante associada aos padrões estéticos impostos pela sociedade.
Afinal, as pessoas estão cada vez mais obcecadas pela juventude e, para isso, recorrem a procedimentos estéticos cada vez mais invasivos.
Além disso, a gerascofobia também tem forte relação com o medo de ter a saúde física e a autonomia comprometidas com o envelhecimento.
Apesar de o termo não ser muito conhecido, essa fobia existe e é real! Neste artigo, vamos falar sobre ela e as formas de lidar com o medo exagerado de envelhecer. Confira!
A gerascofobia consiste no medo irracional e exagerado de envelhecer. Assim como as outras fobias, ela é capaz de causar ansiedade no indivíduo quando esse imagina as possíveis transformações que sofrerá com o passar dos anos.
Dentre essas mudanças que incomodam, estão:
Aqui, é importante saber que a gerascofobia não é um simples receio do futuro na terceira idade. Como mencionamos, ela causa crises de ansiedade e outras condições mentais e físicas, que serão vistas adiante.
Não existem causas específicas para explicar a gerascofobia. Afinal, apesar de boa parte das pessoas temerem a chegada da terceira idade, isso não é suficiente para o desencadeamento de uma fobia.
Nesse sentido, acredita-se que a gerascofobia surge de uma combinação de fatores, como:
Os sintomas da gerascofobia são muito similares aos outros tipos de fobias, como:
Sim, é possível tratar a gerascofobia por meio da psicoterapia. Nela, o psicólogo encorajará o paciente a enfrentar o seu medo. Apesar de doloroso no início, isso ajudará a reduzir ou eliminar os sintomas da fobia.
Além disso, o psicólogo pode tentar compreender a causa da gerascofobia, se é um trauma, por exemplo, para também tratá-la.
Além disso, o uso de medicamentos também pode ser indicado para aliviar os sintomas, como a ansiedade e a irritabilidade. Nesse caso, a prescrição deve ser realizada por um médico psiquiatra.
Além da psicoterapia, existem outras formas de lidar com o medo de envelhecer, para, assim, preservar a saúde mental. Veja quais são elas a seguir!
A falta de conhecimento contribui para o desenvolvimento não apenas da gerascofobia, como também de outras questões, como o etarismo.
Isso acontece porque a sociedade cria rótulos sobre o envelhecimento sem sequer ao menos saber se eles realmente estão condizentes ou não com a realidade.
Nesse cenário, ao se manter informado, é possível romper com falsas crenças e tabus sobre essa fase da vida.
A gerascofobia surge pelo medo do que virá no futuro, bem como pela comparação com o passado. Na primeira situação, não é possível prever o que realmente acontecerá, logo, o indivíduo sofre por algo que não existe.
Já no caso do passado, o apego das lembranças da juventude pode trazer muita melancolia por algo que, obviamente, não voltará.
Portanto, o foco deve ser sempre o presente! Viver cada fase a seu tempo é o “segredo” para se manter bem consigo mesmo em qualquer fase da vida.
Pessoas que sofrem com o medo de envelhecer idealizam muito a juventude, como se ela fosse um período totalmente isento de problemas.
No entanto, todas as fases da vida, inclusive a juventude, possuem suas dores e delícias. Portanto, o ideal é não romantizar nenhuma delas, e muito menos criar objeções antes mesmo de vivenciá-las.
Apesar de não ser possível prever o futuro, é plenamente possível desenvolver hábitos de autocuidado para aumentar as chances de ter um envelhecimento saudável. Isso envolve:
Seguindo essas dicas, você estará cuidando de si, preservando a sua saúde física e mental e, dessa forma, semeando um avançar de idade leve e tranquilo.
Não há problema algum cuidar do corpo e do rosto com procedimentos estéticos. Afinal, essa é também uma forma de autocuidado. Entretanto, o abuso dessas práticas é sim um grande problema, principalmente quando por trás dele existe o desejo de se manter sempre jovem.
Lembre-se de que a passagem de tempo não é nenhum demérito, muito pelo contrário. Envelhecer é uma dádiva e as marcas de expressão fazem parte desse processo.
Além disso, tenha claro na sua mente que o seu valor enquanto pessoa é muito maior do que a sua aparência. Portanto, trabalhe a aceitação e evite os exageros!
Muitas vezes, o preconceito e o medo de envelhecer vem justamente da falta de contato com pessoas de diferentes grupos etários. É cultural uma espécie de segregação, que deve ser rompida para desmistificar muitas ideias.
Por isso, procure manter no seu círculo de amizade desde as pessoas mais novas até as mais velhas. Essa pluralidade permitirá que você quebre vários tabus e não se sinta sozinho em meio ao processo de envelhecimento.
Um dos tabus do envelhecimento é de que as pessoas mais velhas são desatualizadas, arcaicas e sem criatividade. Mas saiba que cabe apenas a você não estagnar no tempo. Ou seja, não é a idade que traz isso, são as pessoas que se acomodam.
Sendo assim, para fugir dessa perspectiva e desse rótulo, procure se manter em constante aprendizado. Para isso, explore novos lugares, vivencie experiências diferentes, aprenda um novo idioma, etc.
O mais importante é não perder o desejo de querer aprender e ser sempre uma pessoa melhor, independentemente da idade que você tenha.
Fonte: texto retirado do blog Psicologo.com.br
Link: https://www.psicologo.com.b/blog/gerascofobia/