• 27 dezembro, 2022

Acreditar em si mesmo: a psicologia da vontade

Se você não fizer isso, ninguém vai. Acreditar em si mesmo não é uma questão de orgulho, mas sim de dignidade pessoal. É essa a ideologia psicológica que devemos agarrar diariamente para podermos confiar nas nossas decisões, deixar de ter medo de cometer erros e conseguir nos levantar quantas vezes forem necessárias. Acreditar em nós é amar a nós mesmos com valentia, sabendo que merecemos algo melhor.

É possível que a frase “acredite em si mesmo” pareça um título de livro de autoajuda para muitos dos leitores. No entanto, se vemos estas quatro palavras com frequência em vitrines, manuais e revistas especializadas é por um motivo muito concreto: o ser humano tem muita dificuldade em confiar nas suas próprias capacidades, em potencializar as suas virtudes e acreditar nas suas possibilidades.

Sendo assim, isso se deve ao modo como nós construímos a nossa realidade interna. Desde pequenos damos forma à nossa autoimagem com base nos estímulos que recebemos e nas interpretações que fazemos sobre os mesmos. Assim, e com base no que os outros nos dizem ou nos projetam, construiremos um senso de identidade mais forte e mais resistente ou, caso contrário, desenvolveremos um eu mais vulnerável.

Acreditar em si mesmo não é fácil quando vivemos no ambiente errado. É complicado confiar nas próprias capacidades quando nos concentramos mais nas nossas falhas do que no sentido de superação. Projetar um senso de identidade forte e corajosa também não tem nada de simples se tivermos sido ensinados a nos fixarmos no que os outros fazem, dizem ou pensam em vez de nos dedicarmos a nós mesmos…

Acreditar em si mesmo é aceitar que somos únicos, diferentes dos demais

Muitas vezes não nos damos conta do “burburinho” dos nossos pensamentos, das nossas atitudes, decisões e reflexões. São eles que delineiam quem nós somos, que nos limitam ou nos potencializam e que, no fim das contas, influenciam a forma como nos sentimos ou nos comportamos.

A arte de acreditar em si mesmo é, acima de tudo, um exercício de vontade. E a vontade é um músculo poderoso que se exercita com os pensamentos certos, centrados e orientados para um fim bem definido: promover o nosso bem-estar e o nosso crescimento pessoal.

No entanto, e todos nós sabemos bem disso, não é fácil direcionar a bússola dos nossos pensamentos para o positivismo e a autoconfiança quando temos uma baixa autoestima. Quando o que sentimos é apatia, frustração e falta de motivação.

Por mais curioso que pareça, algo que os nossos pais e sistemas educativos frequentemente se esquecem é de nos ensinar a acreditar em nós mesmos. Em vez disso, orientam-nos a ser como a maioria das pessoas. Porque “ser normal” é fazer, pensar e se comportar como aqueles que nos rodeiam, é diluir as nossas particularidades no ordinário, no cotidiano. Porque às vezes ser único é ser diferente, e ser diferente não se encaixa, não rima. É desarmonia em um mundo que adora o previsível.

No entanto, vale a pena recordar algo muito simples: não somos seres produzidos em série, somo todos diferentes. Somos excepcionais e irrepetíveis. Temos impressões digitais únicas, uma personalidade própria, características distintas das dos outros. Nascemos para deixar a nossa marca no mundo, e para isso devemos encontrar o nosso propósito, acreditando em nós próprios e nas nossas capacidades.

A psicologia da vontade: quando acreditar é poder

Acreditar em si mesmo é um exercício constante que nunca devemos deixar de lado. Ninguém deveria sair de casa sem uma boa dose de autoconfiança e sem a crença firme de que merece tudo aquilo que se propõe ou deseja. Por isso, partindo do conceito da psicologia da vontade, é importante ter em conta estes conselhos que, sem dúvida alguma, podem nos servir de ajuda ou de inspiração.

Passar a borracha e virar a página

Fazemos isto frequentemente com os nossos dispositivos. Não há nada melhor do que formatar um celular ou computador para que ele funcione de forma mais rápida e leve. No entanto, primeiramente precisamos escolher quais os arquivos queremos guardar e quais escolhemos apagar.

Para acreditarmos em nós mesmos devemos deixar de lado muitos comportamentos que fomos adquirindo ao longo do tempo, ideias que nos transmitiram e atribuições que alguém possa ter construído. As pessoas têm o hábito de se boicotarem com muita frequência, e nós fazemos isso quando nos subestimamos ou nos comparamos com os outros. É preciso deixar de focar em coisas que não têm qualquer utilidade: temos que passar a borracha e virar a página.

É possível mover montanhas se carregarmos pedras pequenas primeiro

Para alcançar um objetivo, devemos acreditarmos em nós próprios. No entanto, a psicologia da vontade recorda que tal como Confúcio disse, os grandes feitos são conquistados depois de alcançar pequenas vitórias. 

Desse modo, e antes de nos comprometermos com metas desmesuráveis ou altas demais, não há nada melhor do que nos propormos a realizar pequenos desafios diários. São eles que nos vão dar o sentimento de segurança pessoal, confiança e uma autoimagem muito mais positiva.

Assim como dissemos no início, a arte de acreditar em si próprio é como um músculo que devemos exercitar diariamente. Portanto, não hesite em dar-lhe uso ao deixar a opinião dos outros de lado. Vamos nos atrever a tomar decisões e a sair diariamente da nossa zona de conforto. Vamos enfrentar as nossas inseguranças aos poucos e sem pressa…

Onde quer que você for, seja sempre você mesmo

Para acreditar em si, nunca se distancie de si mesmo. Onde quer que você for, não perca a sua essência, não deixe para trás os seus valores, as suas paixões ou a sua identidade. Que a sua essência marque cada um dos seus passos e decisões, sem medo do que os outros possam pensar. Ser você mesmo em todos os momentos e em todas as situações nem sempre é fácil, por isso, esse esforço diário também é um exercício de vontade, é assim que você adquire confiança e segurança pessoal.

Para concluir, embora seja impossível controlar o que a vida nos traz, é possível controlar o nosso modo de reagir a todas as adversidades que ela coloca à nossa frente. Se acreditarmos em nós mesmos, as dificuldades serão mais simples de superar, e as montanhas muito mais fáceis de escalar.

Fonte: Mente Maravilhosa

Fonte: Flowing