A timidez pode ser definida como uma sensação de desconforto ou inibição em situações sociais ou interpessoais que impede a pessoa de correr atrás de seus objetivos, sejam acadêmicos, profissionais ou pessoais.
As situações mais comuns desses casos são as que envolvem figuras de autoridade (professores, chefes, entrevistas de emprego, etc.), encontros românticos ou íntimos, ou apresentar-se em público.
Estes tipos de situações, muitas vezes, provocam reações em um ou em todos os seguintes níveis: cognitivos (pensamentos negativos), afetivos (medo da humilhação) e fisiológico (frio na barriga e até mesmo distúrbios intestinais), ou comportamental (perder a fala).
Menos comum do que a timidez situacional – porém muito importante de se compreender – é a forma mais crônica da timidez, que envolve a prevenção e/ou o medo da maioria das situações em que há contato com outros.
Esta forma de timidez é muitas vezes descrita por psicólogos e psiquiatras como Fobia Social. A Fobia Social, muitas vezes, leva o paciente a um grau de isolamento, evasão e solidão muito mais generalizada.
Confira alguns sinais…
Você se identifica com a situação abaixo?
Um rapaz não foi à aula hoje. Era o primeiro dia do semestre e ele ficou com medo que o professor pedisse aos alunos que se apresentassem.
Ele sabia que isso não era tão assustador, mas mesmo assim ele preferiu evitar a situação. Sempre que esse rapaz precisa falar diante de algumas pessoas, sua voz começa a tremer, seu rosto fica vermelho e ele não consegue evitar o sentimento de humilhação.
Já que o seu pior pesadelo é falar em público, ele tem evitado realizar a sua monografia obrigatória para a graduação, por medo de enfrentar a banca examinadora.
Ele também teme o casamento de seu irmão, já que será o padrinho da cerimônia – mesmo que a data esteja marcada para o ano que vem.
Este rapaz abraçou sua timidez, e viu que seria mais fácil desviar-se dos momentos que o colocam em situações de estresse.
Atenção! Só porque você, ocasionalmente, fica nervoso em situações sociais, não significa que você tem algum transtorno social ou fobia.
Muitas pessoas são tímidas e conseguem enfrentar o dia a dia sem problema algum. Por outro lado, a timidez crônica ou em excesso interfere na sua rotina normal e pode provocar uma enorme angústia.
Por exemplo, é perfeitamente normal sentir um frio na barriga antes de fazer um discurso em público.
Mas se você chega ao ponto de se preocupar com isso semanas antes, ou começa a maquinar em sua mente desculpas para faltar ao discurso, sua timidez requer uma atenção especial para que não destrua a sua vida social e profissional.
A Terapia Cognitivo Comportamental tem sido considerada a melhor forma de tratamento para tais problemas. Essa terapia é baseada na premissa de que seus pensamentos afetam a forma como você se sente, e esses sentimentos afetam seu comportamento.
Logo, se você alterar e direcionar seus pensamentos, você se sentirá melhor e reagirá melhor em determinadas situações que causam a timidez. A abordagem do psicólogo geralmente envolve:
Ao passo que se pratica e prepara-se para estas situações, é possível sentir-se cada vez mais confortável e confiante de suas habilidades sociais, diminuindo a timidez, o pavor e a ansiedade.
Mais uma vez, lembre-se que a timidez é uma característica muito comum, porém muitas vezes pode ser dolorosa, podendo ser tratada e superada por completo.
Não importa o nível da sua timidez, sempre há um jeito de ganhar mais confiança para encarar os desafios da vida.
Fonte: texto retirado do blog Psicólogos Berrini
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