• 2 setembro, 2017

Cuidando da saúde do homem

Para a manutenção de sua qualidade de vida, os homens também devem contar com cuidados médicos especiais. Pessoas do sexo masculino são mais vulneráveis a doenças, em especial as graves e crônicas, e que morrem mais precocemente do que as do sexo feminino. Um homem brasileiro tem uma chance de 205 em 1.000 de falecer entre 15 e 60 anos.

Entre as principais causas de morte dos homens estão as doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC), cirrose e doenças do fígado e cânceres. Boa parte delas poderiam ser evitadas ou tratadas antes de se tornarem graves fazendo-se os exames periódicos pedidos pelo médico e tomando atitudes na vida diária como praticar atividade física regular, fazer uma dieta com frutas, verduras, grãos e carnes magras, não fumar e ter um consumo moderado de álcool.

Próstata e hormônios

A saúde do homem necessita ainda de atenção específica no que diz respeito ao câncer de próstata e às disfunções hormonais. O câncer de próstata é a segunda causa de morte por câncer na população masculina. Felizmente, tem boas possibilidades de cura quando diagnosticado e tratado precocemente, numa fase em que não produz sinais clínicos. Por essa razão, todo homem a partir dos 50 anos deve consultar anualmente um urologista para avaliar a saúde da próstata e descartar alterações sugestivas de um tumor em fase inicial. Na prática, esse checkup requer um exame clínico de toque retal e a dosagem do antígeno prostático específico, ou PSA, uma substância associada ao aumento do volume da próstata, nem sempre associada ao câncer (veja box). Além da consulta ao urologista, a dieta pode ter algum papel na prevenção desse tumor, em particular a redução na ingestão de gordura animal e o consumo de alimentos como tomate, soja, castanha-do-pará, chá verde e vinho tinto – este último com moderação.

Quanto à parte hormonal, apesar de o homem não sofrer uma interrupção na produção dos hormônios sexuais, como ocorre com a mulher na menopausa, a população masculina pode ter, ao longo dos anos, um déficit lento e contínuo da testosterona, o hormônio que confere ao indivíduo as características masculinizantes e que responde, entre outras coisas, pela regulação do desejo sexual – é a deficiência androgênica do envelhecimento masculino.

Como os níveis normais dessa substância variam de um homem para outro, o quadro de déficit de testosterona fica caracterizado quando se observam, além de valores muito baixos do hormônio, sintomas como redução do apetite sexual, problemas de ereção, depressão, irritabilidade, dificuldade de concentração, distúrbios do sono, ganho de peso e perda de massa óssea e muscular.

A reposição do hormônio pode ser feita de várias formas, mas se constitui ainda numa conduta polêmica, uma vez que, apesar dos benefícios que oferece, traz alguns riscos para a saúde. Essa opção, portanto, requer uma dose farta de esclarecimento e uma relação de muita confiança entre médico e paciente.

AUMENTO DA PRÓSTATA NÃO É SINÔNIMO DE CÂNCER

A maioria dos homens apresenta certo grau de crescimento da próstata, especialmente a partir dos 70 anos.

Esse aumento geralmente é benigno, mas pode comprimir a uretra, o canal de saída da urina, e alterar a dinâmica da bexiga, causando dificuldade ou urgência para urinar, hesitação para iniciar a micção, jato de urina mais fino e fraco, retenção urinária e grande número de micções.

É bom saber que nem sempre o tamanho da glândula tem a ver com a intensidade desses sintomas, tampouco exige tratamentos complicados.

IMPOTÊNCIA

Calcula-se que, no Brasil, 10 milhões de homens tenham disfunção erétil, ou seja, de dificuldade para obter e manter uma ereção de qualidade para o ato sexual. Estima-se que 52% dos homens acima de 18 anos apresentarão algum grau de disfunção erétil em ao menos um momento da vida.

As causas mais comuns da condição incluem as manifestações psíquicas, quase sempre relacionadas com o estresse e com maus hábitos como o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, o uso de drogas e a falta de atividade física regular.

Contudo, há fatores orgânicos diretamente responsáveis pelos problemas de ereção, a exemplo de diabetes, pressão alta, colesterol elevado, doenças de coração, depressão e deficiência hormonal masculina.

O fato é que a impotência sexual pode ser, às vezes, a manifestação de um transtorno mais complexo. Por isso, é fundamental passar pela avaliação de um urologista antes de cair na tentação de tomar algum remédio sem prescrição.

DICAS

Para manter a força e a vitalidade:

  • Pratique atividade física regularmente e mantenha uma dieta à base de vegetais e carnes magras, limitando o consumo de gordura animal.
  • Inclua o tomate e a soja na sua dieta, pois eles podem ajudar você na prevenção do câncer de próstata.
  • Não tome remédios para disfunção erétil nem use testosterona sem conhecimento de um médico.
  • A partir dos 50 anos, consulte anualmente um urologista para fazer o exame clínico da próstata e a dosagem de PSA.

Se houver casos de câncer nessa glândula em sua família, comece o rastreamento aos 45 anos de idade.

FONTE: Juntos pela Saúde

Fonte: Flowing