A obesidade mórbida é caracterizada pelo índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 40 kg/m². Esta forma de obesidade é também conhecida como obesidade de grau 3.
O IMC não é uma ferramenta precisa para diagnosticar a obesidade e, por isso, o médico e o nutricionista devem fazer uma avaliação completa, com outras medições corporais, como a circunferência da cintura e outros exames de diagnóstico.
Esse tipo de obesidade aumenta o risco da pessoa em desenvolver alguns problemas de saúde, como diabetes, hipertensão e doenças do coração, sendo importante que o médico seja consultado para que seja confirmado o diagnóstico e iniciado o tratamento mais adequado.
Os principais sinais e sintomas indicativos de obesidade mórbida são:
É importante que o endocrinologista seja consultado para que seja confirmado o diagnóstico e iniciado o melhor tratamento.
O diagnóstico da obesidade mórbida é feito pelo endocrinologista, clínico geral ou nutricionista. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade mórbida é confirmada quando o IMC é igual ou maior que 40 kg/m².
No entanto, o cálculo do IMC não é considerada forma mais exata de confirmar o diagnóstico, já que a fórmula não leva em conta a composição corporal, sendo importante que o profissional também considere a medição da circunferência abdominal e do braço, além da avaliação das pregas cutâneas, como o tríceps e o bíceps, por exemplo.
Além disso, o profissional de saúde também pode solicitar a realização de exames laboratoriais, como o hemograma, perfil lipídico, exames da função hepática, glicose e dosagem de hormônios, para verificar se existe alguma condição que possa estar relacionada com o aumento do peso e/ ou para avaliar se a pessoa tem risco de ter alguma complicação associada ao sobrepeso.
A causa da obesidade é uma associação de vários fatores, que incluem:
Além disso, a obesidade também pode estar associada a algumas alterações genéticas, como a síndrome de Prader Willi, Bardet-Biedl, osteodistrofia hereditária, síndrome do X frágil e síndrome de Cohen, porém essas condições são mais raras.
A obesidade mórbida aumenta o risco de desenvolvimento de algumas doenças, como:
Além disso, as pessoas com obesidade mórbida tem um grande risco de ter ansiedade e depressão devido às insatisfações com a imagem corporal e compulsão alimentar.
O tratamento da obesidade mórbida deve ser individualizado, já que precisa ser bem adaptado ao estado de saúde e doenças associadas. Por isso, o ideal é passar por uma consulta com um endocrinologista, que irá fazer uma avaliação detalhada e identificar as formas de tratamento mais eficazes para cada caso.
As principais formas de tratamento indicadas geralmente são:
É importante que seja feita acompanhamento com um nutricionista especializado para que seja indicado um plano nutricional adaptado às necessidades da pessoa.
Assim, é recomendado dar preferência ao consumo de alimentos frescos, como vegetais e frutas, consumir carnes magras e alimentos ricos em fibras, como sementes, legumes e cereais integrais. Além disso, deve-se diminuir o consumo de alimentos processados e ultraprocessados ricos em gorduras e açúcares.
A prática de atividade física é importante para favorecer a perda de peso e o excesso de gordura acumulada no organismo, assim como estimular o aumento de massa muscular. O ideal é que um profissional de educação físico indique um plano de exercício adaptado às necessidades da pessoa.
No entanto, a recomendação geral é realizar atividade física de intensidade moderada 3 vezes por semana durante 30 a 60 minutos, de preferência exercícios aeróbicos.
Em alguns casos, dependendo da causa associada à obesidade mórbida, o médico poderá indicar a realização de terapia com psicólogo, principalmente se a pessoa também apresentar sintomas de ansiedade, estresse e/ ou depressão.
Nos casos em que a mudança no estilo de vida não é suficiente, o médico poderá indicar o uso de alguns medicamentos que ajudem a facilitar a perda de peso. No entanto, é importante seguir as orientações do médico quanto ao uso dos medicamentos, já que podem provocar efeitos secundários indesejados.
Além disso, a auto-medicação não é recomendada, não só pelos efeitos colaterais, mas também pode estar contraindicados em algumas condições de saúde.
As cirurgias bariátricas, ou para redução do estômago, são alternativas de tratamento válidas para a obesidade mórbida, mas em geral elas só são aconselhadas nos casos em que após 2 anos de tratamento médico e nutricional não há perda significativa de peso, ou quando existe risco de vida devido ao excesso de peso.
Além de uma alimentação saudável, o sucesso do tratamento também envolve a prática de atividade física e acompanhamento psicológico para manter a motivação diante da dificuldade de perder peso.
A obesidade infantil é caracterizada pelo excesso de peso entre bebês e crianças de até 12 anos de idade, quando seu peso corporal ultrapassa em 15% o peso médio correspondente a sua idade. Esse excesso de peso aumenta o risco de a criança desenvolver problemas de saúde graves, como diabetes, pressão alta, dificuldade respiratória, alterações do sono, colesterol alto ou problemas no fígado, por exemplo.
O tratamento da obesidade infantil também envolve a mudança dos hábitos de alimentação e estímulo à prática de atividade física, sendo recomendada a orientação do nutricionista, para que o ajuste da alimentação seja calculada de acordo com a quantidade de peso que é preciso perder e com as necessidades de cada criança.
Fonte: texto retirado do blog Tua Saúde
Link: https://www.tuasaude.com/obesidade-morbida/