A obesidade e a saúde mental estão mais relacionadas do que podemos imaginar! Isso porque essa condição tanto pode ser desencadeada por um adoecimento mental como a sua existência pode desenvolver outros problemas psicológicos.
Portanto, essa relação é multifacetada e que merece ser debatida a fim de garantir a saúde física e mental das pessoas.
Nesse sentido, preparamos este artigo completo para falarmos sobre a relação entre obesidade e saúde mental e entender como é possível melhorar o quadro por meio da psicoterapia. Confira!
Além de aumentar o risco do desenvolvimento de doenças crônicas, como a diabetes e as doenças cardíacas, a obesidade também pode afetar consideravelmente a saúde mental e o bem-estar psicológico da pessoa obesa.
Isso porque uma pessoa que está acima do peso pode ter problemas com a sua autoestima e se sentir fora dos padrões sociais. Como consequência, há o desenvolvimento de outras questões emocionais e até do isolamento social.
Além disso, a pessoa pode começar a travar uma luta contra a sua condição física e, se não tiver uma boa estrutura emocional, pode sofrer com um desequilíbrio interior ainda maior.
É como se ela entrasse em um ciclo de adoecimento físico e mental e não conseguisse sair mais dele sem uma ajuda profissional.
Como mencionamos anteriormente, a obesidade pode afetar de forma direta a saúde mental, desencadeando, dentre outras condições:
Pessoas obesas podem se sentir profundamente tristes, o que as tornam propícias para o desenvolvimento do quadro de depressão.
Esse sentimento de tristeza profunda está relacionado com a estigmatização sofrida, a baixa autoestima e a dificuldade muitas vezes encontrada para emagrecer. Tudo isso gera desânimo e apatia.
Assim como a depressão, a ansiedade também surge pelo cenário da redução da baixa autoestima e, principalmente, pela impossibilidade de resolver o problema da obesidade de forma rápida.
Convém mencionar que as crises de ansiedade, além de serem uma consequência da obesidade, também podem contribuir para que a pessoa engorde ainda mais em razão da compulsão alimentar provocada por essa emoção.
O medo do olhar e do julgamento das pessoas por não estar inserido no padrão estético estabelecido pela sociedade faz com que o indivíduo obeso prefira se isolar.
Em alguns casos, esse isolamento social pode estar relacionado ao desenvolvimento de uma fobia.
Por todos os fatores mencionados até aqui, a qualidade de vida e o bem-estar da pessoa que sofre com a obesidade são comprometidos.
Além disso, a baixa autoestima, isto é, a imagem negativa sobre si própria contribui para que a pessoa se sinta inferior.
No ímpeto de emagrecer a todo custo, a obesidade pode provocar distúrbios alimentares, como a bulimia ou a própria compulsão alimentar, na qual a pessoa perde o controle sobre o consumo dos alimentos.
Segundo a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), cerca de 60% dos pacientes obesos sofrem com algum distúrbio psiquiátrico.
Naturalmente, para encontrar a resposta para essa pergunta, é necessário passar por uma avaliação médica e psicológica.
No entanto, existem alguns indícios que já podem apontar essa problemática, como:
Pacientes obesos que vivem engordando e emagrecendo têm grandes chances de ter algum distúrbio psicológico como causa do problema.
É claro que a existência de um desequilíbrio hormonal deve ser investigada anteriormente.
Quando o ganho de peso ocorre em um curto espaço de tempo também há uma probabilidade de a causa ser psicológica, como ansiedade e estresse, por exemplo.
Isso acontece, mais uma vez, devido à compulsão alimentar, quando a pessoa recorre à comida para aliviar temporariamente as emoções negativas.
Além disso, o desequilíbrio emocional pode aumentar a produção de cortisol, o que aumenta o armazenamento de gordura.
Porém, assim como no caso anterior, é preciso descartar antes problemas hormonais.
Quando o indivíduo possui uma relação conturbada e conflituosa com a alimentação, há também uma grande chance de os distúrbios psicológicos serem causadores da obesidade.
Nesse caso, a pessoa costuma enxergar uma dieta saudável como algo penoso e sofrido e, sempre que come algo diferente do que foi prescrito pelo nutricionista, vem o sentimento exagerado de culpa.
Se você tem uma pessoa próxima que convive com a obesidade, independente de essa ser causada ou não por uma questão psicológica, é muito importante procurar ajudá-la.
Afinal, diferente do que muitos acreditam, ela não está naquela situação por comodismo ou falta de força de vontade, por exemplo. Como vimos aqui, há muitas outras questões por trás do problema.
Nesse sentido, para fortalecê-la emocionalmente e auxiliá-la no emagrecimento, você pode adotar simples hábitos, mas que podem fazer toda a diferença nesse enfrentamento, como:
O psicólogo desempenha um papel fundamental no tratamento da obesidade.
Assim, ele ajudará o paciente a compreender e enfrentar os aspectos emocionais da condição, desenvolver habilidades de enfrentamento saudáveis e manter a motivação para a perda de peso, o que contribui para o seu bem-estar geral.
Além disso, o psicólogo contribuirá para a identificação de gatilhos emocionais, para a mudança de padrões de comportamento, para a redução das recaídas e para a melhoria da imagem corporal e, consequentemente, da autoestima.
Por fim, mas não menos importante, caso a obesidade seja provocada por distúrbios alimentares ou tenha contribuído para o surgimento desses, a psicoterapia também será extremamente relevante.
No entanto, nem sempre a busca por um psicólogo é fácil. Nesse caso, uma forma de facilitar o processo de escolha por um profissional que supra as suas demandas é acessando uma plataforma na qual você possa encontrar diversos especialistas.
Esperamos que este conteúdo tenha sido útil para esclarecer todas as suas dúvidas sobre a relação entre obesidade e saúde mental e te ajudar a encontrar formas de tratar o problema de uma forma multidisciplinar.
Fonte: texto retirado do blog Psitto
Link: https://www.psitto.com.br/blog/obesidade-e-saude-mental/