• 29 setembro, 2023

O que é autoestima e qual sua relação com a saúde mental?

Quando se tem autoestima elevada, o mundo é banhado em cor, alegria e oportunidades. Não importa o que esteja acontecendo, possuímos a capacidade de criar um mundo interno leve e acolhedor. Do mesmo modo, quando esta se encontra lá no chão, o mundo é cinza, frio e desesperançoso.

A baixa autoestima se manifesta em pequenas atitudes, as quais nem sempre são percebidas como algo ruim. Com o tempo, no entanto, podem interferir no nosso sucesso e felicidade. Por isso, é importante compreender o que é, de fato, a autoestima..

O que é autoestima?

Autoestima é a atitude que escolhemos ter em relação a nós mesmos. É composta por emoções, experiências pessoais, valores, opiniões sobre nossas condutas e crenças sobre quem somos e do que somos capazes. As crenças são as características mais importantes já que decidem quais comportamentos são considerados positivos e negativos por nós.

Em outras palavras, a autoestima é o valor que atribuímos a nós mesmos. Esse, por sua vez, é refletido na forma como agimos, falamos, pensamos e sentimos. É como uma bússola que nos guia ao longo da vida.

Se estamos bem conosco, seguimos caminhos positivos, os quais acreditamos merecer. Já se não temos uma opinião agradável sobre quem somos, acreditamos merecer caminhos nada bons para a nossa saúde mental e emocional.

Qual é a importância da autoestima?

A nossa felicidade e as vitórias que conquistamos dependem do valor que atribuímos a nós mesmos. Pessoas com autoestima alta percebem o quanto são valiosas. Além de conhecerem suas virtudes e habilidades, acreditam merecer oportunidades incríveis e as abraçam quando aparecem em seu caminho.

Do mesmo modo, ao se depararem com críticas ou fracassos momentâneos, respondem a eles com maturidade e bom humor. Afinal, sabem que todos são passíveis de erros. Essas pessoas possuem mais possibilidade de conquistar o tão desejado sucesso, conforme as suas próprias expectativas.

Já quem tem autoestima baixa se concentra nas fraquezas e defeitos, atribuindo valor desproporcional a eles. As conquistas são ignoradas em prol da exaltação dos fracassos. Essa conduta pessimista fortalece a crença do não merecimento.

Sendo assim, pessoas que não se amam da forma como deveriam não acreditam merecer felicidade nem sucesso. Deixam as oportunidades passarem sem tentar aproveitá-las. Para elas, falta autoaceitação, autoconfiança e autoperdão. Essas capacidades constituem os pilares da autoestima saudável..

Quais são os sinais de autoestima saudável?

Algumas pessoas parecem ter nascido com a autoestima nas alturas. Naturalmente irradiam confiança e bom humor, formando amizades por onde passam.

A verdade é que esse brilho natural foi construído ao longo da vida delas. Mesmo indivíduos que cresceram em meio a adversidades podem desenvolver o amor-próprio mais facilmente se escolherem olhar para o lado positivo. Manter a autoestima saudável é um exercício perene, algo que pessoas que não enxergam seus atributos bons não costumam compreender.

As pessoas que vivem alegres também se sentem tristes, encabuladas e desmotivadas. A diferença é que a gestão do humor e a autoaceitação já se tornaram mecanismos intrínsecos delas. Veja abaixo outros atributos de quem possui autoestima alta:

  • Não permanecer em situações de abuso;
  • Confiar em sua intuição;
  • Celebrar as suas conquistas;
  • Ser transparente com as emoções;
  • Tomar decisões com confiança;
  • Correr atrás de oportunidades;
  • Lidar bem com adversidades;
  • Não se deixar estressar por coisas pequenas;
  • Aceitar os eventos do passado como são;
  • Não possuir arrependimentos;
  • Conseguir elevar o próprio humor;
  • Persistir até encontrar o sucesso;
  • Não necessitar dar satisfações a terceiros;
  • Gostar da própria companhia; e
  • Viver sem inibições. 
Quais são os sinais de autoestima baixa?

A baixa autoestima pode ser provocada por uma diversidade de fatores, mas costuma se originar de um conjunto de crenças negativas, tais como “Eu sempre tento e me esforço, mas nunca tenho resultados”, “Eu não sou bom o suficiente” e “Eu não mereço amor como os demais”.

Essas crenças se formam na infância e são fortalecidas ao longo da vida. Inevitavelmente, passamos por experiências desagradáveis ao longo da vida e, se não estamos bem conosco, absorvemos a negatividade dessas vivências. Em vez de nos reconstruirmos diante dos desafios, aceitamos que não somos bons o suficiente.

Em seguida veja alguns sinais da baixa autoestima:

  • Não aceitar elogios;
  • Não ver o valor nas realizações;
  • Não ter coragem para falar sua opinião;
  • Levar todos os “conflitos” para o pessoal;
  • Encontrar culpados para os problemas;
  • Se vitimizar em vez de assumir os erros;
  • Não conseguir ver o lado positivo;
  • Ter medo de evoluir pessoal e profissionalmente;
  • Não ter controle sobre as próprias emoções;
  • Estar sempre ansioso, apreensivo com o futuro;
  • Mentalidade de escassez de dinheiro, de oportunidades, de relacionamentos, etc;
  • Perfeccionismo exagerado;
  • Não conseguir dizer não;
  • Sentir necessidade de satisfazer todo mundo, menos a si mesmo;
  • Neurose;
  • Autocrítica;
  • Sentir inveja de conquistas alheias, mesmo de amigos próximos; e
  • Não começar coisas novas por medo de fracassar.
O que é a autoestima baixa e qual a sua relação a com saúde mental?

Embora a autoestima baixa não seja um transtorno em si, é a porta de entrada para muitas condições que afetam a saúde mental de forma negativa, como a depressão, a ansiedade, o pânico, os distúrbios alimentares, entre outras.

Pensar de forma negativa e criticar a si mesmo se torna um hábito que catalisa o desenvolvimento de transtornos mentais. Começamos a sentir um vazio dentro de nós que clama por algo desconhecido. Apesar de sentir necessidade de se divertir, conhecer pessoas novas ou fazer mudanças significativas em nossas vidas, não encontramos forças para seguir com esses desejos.

Sem perceber, alimentamos um estado emocional depressivo. O corpo começa a nos mandar sinais através da gastrite nervosa, sonolência diurna, fadiga crônica, prisão de ventre, estresse, palpitações, aperto no peito, dores musculares e enxaquecas. É assim que as doenças psicossomáticas se originam.

Então, é preciso saber que sentir-se mal consigo mesmo não é normal ou parte da personalidade. O estado natural do ser humano deve ser o de contentamento. Não é preciso expressar a felicidade de forma espalhafatosa, por meio de festas ou pulos de alegria, apenas senti-la no dia a dia, ao seu modo.

Ignorar a autoestima baixa pode acarretar condições mentais e físicas que tendem a se agravar com o tempo, portanto, praticar o autocuidado e o amor-próprio é de extrema importância.

Como elevar a autoestima?

O ditado popular “nasci assim e vou morrer assim” é equivocado, embora muitos gostem de entoá-lo. É possível sim construir uma autoestima saudável e modificar a sua autoimagem. Todas as pessoas são capazes de mudar a si mesmas por meio de força de vontade, disciplina e persistência.

Modificar hábitos e pensamentos é uma questão de prática e, dependendo da intensidade das suas crenças, pode levar mais ou menos tempo. Os exercícios abaixo foram feitos para ajudar nesse processo. São formas simples de elevar a autoestima todos os dias. Podem ser feitos em qualquer momento e em qualquer lugar.

1.      Liste as suas forças e fraquezas

Uma simples lista com 10, 15, 20, ou o número que você achar necessário, de suas virtudes é capaz de modificar a perspectiva sobre a sua personalidade. Faça essa lista diversas vezes durante a semana até começar a acreditar nas suas forças. Do mesmo modo, faça uma lista para as fraquezas e veja quais são mais intensas, assim, você define um atributo específico para iniciar a mudança de comportamento desejada.

2.      Liste as suas conquistas ao longo da vida

Este exercício possui a mesma lógica do anterior: faça uma lista das conquistas que você se orgulha para criar um panorama das suas vitórias. Logo você irá perceber que já venceu muitas batalhas e tem capacidade de vencer quantas forem necessárias para chegar aos seus objetivos.

3.      Pratique o autoperdão

Há uma razão para este ponto ser tão reforçado.

Não faz sentido carregar os erros do passado nem criticar-se por errar no presente. Não seja o seu próprio carrasco, mas, sim, o seu melhor amigo. Se sentir necessidade de pedir desculpas e assumir erros, o faça sem pensar duas vezes. No entanto, não remoa acontecimentos ruins para sempre. Se você não se perdoar, não conseguirá seguir adiante.

4.      Busque autoconhecimento

Se conhecer é essencial para gostar de si mesmo. Se conflitos internos e memórias desagradáveis o impedem de iniciar ou continuar a sua busca interior, procure ajuda profissional na terapia. Os psicólogos orientam os pacientes em suas trajetórias para se amarem, além de ajudá-los a fortalecerem virtudes.

Fonte: Texto retirado do Blog Psitto 
Link: https://www.psitto.com.br/ajuda-para/autoestima/

Fonte: Flowing