Hipertensão – Dois valores, uma medida
Ao ser bombeado pelo coração, para circular por todo o corpo, o sangue acaba exercendo uma pressão sobre as paredes das artérias, que aumenta quando o coração se contrai e diminui quando ele relaxa, em cada um dos batimentos cardíacos – é a pressão arterial.
A medida desse parâmetro clínico universal contempla dois componentes: a pressão sistólica, que ocorre no momento da contração do coração, e a pressão diastólica, que acontece no instante de relaxamento do músculo cardíaco.
Daí porque existem dois valores para determinar como anda sua pressão arterial, os quais são sempre expressos em milímetros de mercúrio (mmHg). Se um profissional de saúde disser que você apresenta níveis pressóricos de 12 por 8, por exemplo, isso significa que sua pressão sistólica atinge 120 mmHg e a diastólica, 80 mmHg
No limite
A hipertensão arterial, conhecida como pressão alta, ocorre justamente quando os valores alcançam ou superam o limite de 140 por 90 mmHg, ou seja, de 14 por 9. Para configurar a doença, no entanto, esse resultado precisa ser obtido em, pelo menos, duas medidas, feitas em ocasiões diferentes.
A origem do mal
Na grande maioria dos casos, a causa da hipertensão é geneticamente herdada, ou seja, se os pais têm pressão alta, os filhos possuem grande chance de desenvolver o mesmo problema. Além disso, alguns hábitos e condições de saúde, como a obesidade, a falta de exercícios físicos e o consumo excessivo de sal e de bebidas alcoólicas, podem favorecer a elevação contínua da pressão arterial.
Abalos em série
Quando continuamente elevada, a pressão do sangue aumenta a espessura da parede das artérias e causa lesões em seu revestimento interno, facilitando o acúmulo de placas de colesterol. Associadas a outros fatores, essas placas podem obstruir a artéria e impedir a passagem do sangue no coração, causando um infarto do músculo cardíaco, se a artéria envolvida estiver nesse órgão, ou um acidente vascular cerebral, também conhecido como derrame cerebral, se a artéria acometida irrigar o cérebro. Como se não bastasse, a pressão alta também pode deixar o coração dilatado e mais fraco para bombear o sangue, configurando a chamada insuficiência cardíaca, bem como comprometer o funcionamento dos rins. O fato é que a hipertensão desencadeia abalos em série à nossa saúde, que, se negligenciados, culminam com o surgimento de graves problemas.
Informação para a ação
A providência mais importante para evitar transtornos é medir regularmente a pressão arterial, no mínimo uma a duas vezes por ano, de preferência em algum serviço médico. Isso porque a hipertensão é uma doença silenciosa, que não costuma apresentar sintomas, a não ser quando já causou danos relevantes. Para você ter uma ideia, um estudo brasileiro feito com hipertensos mostrou que metade das pessoas avaliadas não sabia que tinha a doença. Sem conhecer nossos valores depressão arterial, o fato é que podemos permitir que nossas artérias sejam danificadas e, acima de tudo, perder uma chance inestimável de virar o jogo e prevenir doenças no futuro.
Vida nova e tratamento
A hipertensão não tem cura, mas pode ser tratada com sucesso. A adoção de hábitos saudáveis faz uma grande diferença na redução dos níveis pressóricos, como controlar o peso, praticar exercícios físicos, consumir pouco sal, não fumar e evitar bebidas alcoólicas. Contudo, o uso de medicamentos pode ser necessário em muitos casos.
Atualmente, existem diversos tipos de medicações para o controle da pressão arterial. O médico seleciona a opção mais adequada para cada indivíduo conforme suas características pessoais, tais como idade, sexo, raça, doenças associadas, valores da pressão e resultados obtidos com tratamentos prévios, levando ainda em conta as propriedades de cada fármaco, a exemplo de número de tomadas ao dia, efeitos colaterais e custo.
Para não deixar seu coração sob pressão:
FONTE: Juntos pela Saúde
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