• 21 setembro, 2022

Febre entre os jovens, cigarros eletrônicos não são seguros

Em 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda, importação e propaganda dos cigarros eletrônicos, devido à ausência de dados científicos que pudessem comprovar a segurança dos aparelhos. Contudo, os dispositivos continuam sendo comercializados e utilizados no Brasil, ganhando cada vez mais adeptos, sobretudo entre jovens e adolescentes.

Com uma nova roupagem, o cigarro, que já estava fora de moda no século XXI, retoma o  glamour e se torna objeto de poder, divulgado por influenciadores nas redes sociais. São diversos sabores, aromas, formatos e tipos: descartáveis (conhecidos como pods)  e recarregáveis (vapes). Contidos em embalagens coloridas que cheiram morango, uva, tutti-frutti, entre outros, a impressão é de que são tão inofensivos quanto os chicletes, mesmo que os malefícios dos cigarros eletrônicos sejam evidentes e comprovados.

A justificativa dos usuários é de que ele é menos tóxico que os cigarros tradicionais, uma vez que não produz alcatrão ou monóxido de carbono, responsáveis por causar doenças pulmonares e câncer.

Contudo, os riscos de doenças respiratórias não foram descartados pelos especialistas. Segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o vapor emitido pelos cigarros eletrônicos podem causar ou aumentar as chances de infecções pulmonares (como enfisema pulmonar), podendo também provocar dermatite, doenças cardiovasculares e até mesmo câncer.

Os vapes ou pods contém líquidos que, quando aquecidos por baterias, produzem um vapor. Além do risco de explosão da bateria, capaz de causar queimaduras, as substâncias químicas presentes no líquido ainda podem causar danos às moléculas que mantêm as células do endotélio juntas, tornando as artérias e veias mais suscetíveis à formação de placas ateroscleróticas, o que aumenta o risco para complicações como o acidente vascular cerebral (AVC), especialmente em mulheres que fazem uso de pílula anticoncepcional.

A dependência causada pelos cigarros eletrônicos pode ainda aumentar em três vezes as chances do usuário experimentar o cigarro convencional. Quando falamos do público adolescente, esse dado é ainda mais preocupante. Nesta fase da vida, estamos mais suscetíveis a experimentar os cigarros, principalmente quando estes estão na moda. Pais devem ficar atentos e conversar com seus filhos. Uma simples recusa no presente pode evitar um vício ao longo de uma vida.

Fonte: Viva Mais

Fonte: Flowing