Excesso de trabalho, problemas de relacionamento, cobranças no trabalho, quando inadequadas ou em demasia, são alguns dos fatores que desencadeiam a ansiedade e o estresse.
Além de impactos negativos para cada indivíduo, esses problemas prejudicam o cotidiano das organizações. Afinal, um ambiente laboral estressante pode ser extremamente danoso para a saúde dos colaboradores e para a produtividade da empresa.
Estresse origina-se da palavra inglesa “stress“, que significa “pressão”, “tensão” ou “insistência”. É um estado de tensão mental e física que produz um desequilíbrio no funcionamento global do ser humano. O estresse no ambiente de trabalho é um grande problema porque libera hormônios (cortisol, adrenalina e noradrenalina). Isso faz com que o sistema imunológico enfraqueça, deixando o corpo sujeito a infecções e doenças.
Atualmente, o estresse é uma palavra muito utilizada. E não haveria como se esperar algo diferente, já que 90% da população mundial sofre com esse distúrbio, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Com esse índice alarmante, a OMS alerta que o estresse já pode ser considerado uma epidemia mundial. E no Brasil, a preocupação também é grande. Segundo um levantamento da International Stress Management Association (Associação Internacional do Controle do Estresse), já somos o segundo país do mundo com o maior nível de estresse.
Pessoas em idade economicamente ativa passam, pelo menos, 8 horas diárias no ambiente de trabalho que, na maioria das vezes, é tenso, exaustivo e, até mesmo, desconfortável. Colaboradores em todo o mundo têm adoecido e desenvolvido sérios problemas de saúde por estresse no ambiente de trabalho.
Veja abaixo os tipos de estresse e as principais características de cada um:
Esse é o caso mais recorrente. Uma rotina pesada, sem momentos de descompressão e com muitos afazeres são as principais causas. O indivíduo fica facilmente irritado, apresenta tensões musculares. Como é um caso mais simples, pode ser tratado de forma simples por um psicólogo.
As pessoas com esse problema ficam irritadas e de mau humor em um nível muito alto. A ansiedade e a tensão são constantes. Um bom exemplo de profissionais acometidos por esse tipo são os policiais, que estão sempre expostos a situações alarmantes.
Assim como sugere o nome, nesse caso o estado emocional de estresse é frequente e motivado por uma causa constante na vida da pessoa afetada. Devido ao seu carácter recorrente, o indivíduo tem dificuldade de entender a motivação, assim como possíveis soluções para o problema.
A competitividade exacerbada e a busca intensa por resultados criam um ambiente propício para a ocorrência do estresse. Vários fatores contribuem para agravá-lo, como atritos frequentes em relacionamentos, o que pode comprometer a vida social do indivíduo.
Da mesma forma, a tecnologia, que tanto contribui para o aumento da competitividade nas empresas, também pode manter os colaboradores em estado de constante alerta e com dificuldades para se desvencilharem das questões do escritório. Esse pode ser mais um gatilho no processo de esgotamento, típico das situações estressantes.
As causas do estresse e sintomas desse problema são muitos e variados. Entre os vários fatores e situações do dia a dia, alguns bem estressantes são:
Há uma série de outros fatores físicos, ambientais e psicossociais que também podem contribuir para o estresse. Problemas familiares e luto são alguns deles.
Além dos fatores listados acima, existem aspectos relacionados ao ambiente em que a pessoa exerce a sua atividade de trabalho. Assim, problemas de ergonomia, poluição sonora, iluminação insuficiente e mobiliário inadequado se tornam exemplos de condições que acentuam o estresse e sintomas relacionados.
Questões relativas à segurança, como a falta de equipamentos adequados de proteção, também podem contribuir para o problema ao gerarem um sentimento de medo e desamparo por parte do empregador.
O estresse pode ser definido como uma reação do organismo a situações de pressão. Em geral, não é resultado de uma causa única. Dificuldades resultantes do ambiente familiar e das relações sociais vão alimentando sensações negativas, juntamente com as questões do trabalho.
O acúmulo dos fatores causadores deste estado podem se expressar em diferentes sintomas fisiológicos e psicológicos, que devem ser observados como indícios de que algo não está bem. A seguir, apresentamos alguns sinais de alerta.
Esses sintomas podem ser mais fáceis de identificar, porque influenciam o modo como o indivíduo age no dia a dia.
É possível perceber que a concentração está comprometida quando o indivíduo se mostra desatento às informações que são passadas, pode sentir dificuldade para seguir instruções e pedir diversas vezes os mesmos esclarecimentos.
A ocorrência de erros, falhas e atrasos na entrega também pode ser um indicativo de falta de concentração, assim como procrastinar tarefas. Esses fatores levam à queda de produtividade em vários âmbitos da vida.
No estresse, sintomas de apatia e desânimo também são muito comuns, porque a pessoa perde a sua motivação para realizar tarefas rotineiras. Uma pessoa que antes demonstrava interesse e energia, agora pode estar totalmente aérea, desinteressada e desengajada.
No entanto, pode acontecer de as causas do estresse desencadearem um sintoma contrário. Em vez de desmotivação e apatia, o indivíduo fica agitado demais. Ele demonstra inquietação, pressa, não consegue manter o foco e se desconcentra com facilidade. Muitas vezes, essa agitação pode vir seguida de irritabilidade.
Você viu que a produtividade da pessoa não é a mesma quando ele está estressado. Como não consegue render bem no seu dia de trabalho, pode ter a sensação de estar sobrecarregado, não consegue dar conta das suas tarefas e funções, e isso causa ainda mais estresse, em especial se estiver sendo cobrado e pressionado.
O estresse pode fazer com que a pessoa se torne uma pessoa mais retraída, que não demonstra interesse em participar das conversas e das interações com os amigos e família. Prefere estar sozinho, longe dos trabalhos em grupo. O comportamento antissocial se faz presente.
O sistema nervoso é afetado pelo estresse, e essa característica influencia o humor da pessoa. Sendo assim, um indivíduo estressado manifesta irritabilidade, perdendo a paciência com pequenas situações, algo que pode ser problemático pelo risco de gerar atritos com qualquer outra pessoa.
O estresse ocorre devido a reações químicas que acontecem em nosso organismo. Há maior liberação de cortisol, o que coloca os sentidos em estado de alerta. O corpo fica pronto para uma possível reação repentina.
Entretanto, esse estado de alerta prolongado pelo estresse em excesso desequilibra as funções orgânicas, desencadeando sintomas físicos. Eles podem ser mais difíceis de perceber, porque a pessoa nem sempre fala a respeito disso.
Porém, é importante ter atenção às suas queixas e disponibilizar o atendimento primário à saúde para que o médico possa identificar essas alterações e relacioná-las ao quadro de estresse. A seguir, você confere os principais sintomas físicos que esse problema provoca.
Apesar de ser um sintoma físico, podemos perceber quando o indivíduo está cansado. Esse estado se reflete no comportamento e na postura dele, como desatenção, falta de concentração, irritabilidade, desânimo e apatia.
A musculatura tende a ficar mais tensa por causa do estresse e, como esse é um processo que acontece de forma prolongada, as dores são inevitáveis. Elas ocorrem, principalmente, na região dos ombros, pescoço e nas costas, gerando desconforto e afetando a concentração e produtividade.
As alterações dos batimentos cardíacos afetam a pressão arterial e podem causar dor de cabeça frequente. As dores musculares também provocam esse sintoma, uma vez que causam desconforto e isso gera tensão. A cefaleia ocorre, ainda, devido ao constante estado de alerta que o corpo assume.
Também ocorrem perturbações no sono em caso de estresse, e o sintoma mais comum é a insônia. A qualidade do sono fica prejudicada pela tensão constante e, no dia seguinte, isso gera uma tensão ainda maior pelo descanso insuficiente.
As alterações gastrointestinais estão entre os sintomas de ansiedade e estresse, em especial problemas que afetam o estômago, provocando a dispepsia, mais conhecida como gastrite nervosa. Mas o intestino também sofre efeitos negativos com a ocorrência de diarreia ou constipação.
Como dito, a tensão gerada pelo estresse pode provocar alterações nos batimentos cardíacos, e a ansiedade gerada por esse quadro altera o modo como a pessoa respira. Assim, a tendência é que ocorra dor de cabeça e um aumento da pressão arterial.
Os impactos sentidos no sistema digestivo e os problemas cardiorrespiratórios podem levar à ocorrência de ainda outros sintomas, sendo as náuseas e as tonturas. No segundo caso, existe até mesmo um risco para a segurança no trabalho, se suas funções envolverem a direção ou operação de máquinas.
Veja abaixo as fases do estresse e as principais características de cada uma:
Essa fase é identificada quando o indivíduo reage de forma desperta a situação que está causando o estresse. Por isso, os sentidos ficam aguçados, os batimentos cardíacos aceleram e o estado de atenção é exacerbado.
O corpo tenta equilibrar a sensação emocional nessa fase. Por isso, a respiração tende a voltar para o ritmo usual. Pode ser que a pessoa sinta um mal-estar, caracterizado até mesmo por vertigem. Se essa fase não leva o indivíduo de volta à normalidade, a terceira fase é inevitável.
As consequências mais graves aparecem nessa fase. Podem ser desenvolvidas doenças, como a síndrome de burnout, ou apenas sentimentos negativos, como irritabilidade e hipersensibilidade. As consequências são físicas e mentais, causando desde insônia até doenças cardíacas.
O estresse dos colaboradores pode gerar uma série de problemas para a empresa. A queda de produtividade é um deles. Também é evidente o aumento nos indicadores de ausências ao trabalho e de presenteísmo (quando o colaborador, mesmo presente, não produz de maneira satisfatória). Além disso, em casos mais graves, o colaborador pode desenvolver a síndrome de burnout.
À medida que o estresse e sintomas relacionados avançam na empresa, cresce também a ocorrência de outros problemas, como erros e inconformidades, atrasos nas entregas, perda de prazos e acidentes de trabalho. Além disso, o estresse pode gerar relevantes problemas, exigindo afastamentos e elevando os gastos médios com saúde.
Como explicamos, pode acontecer de problemas da vida pessoal, fora do ambiente de trabalho, aumentarem o nível de estresse do colaborador e isso prejudicar o seu desempenho na empresa. Portanto, é preciso que a organização volte sua atenção para a qualidade de vida do trabalhador por completo.
Na ocorrência de ansiedade, depressão, problemas familiares, financeiros e até mesmo estresse pós-traumático, sintomas são percebidos no ambiente de trabalho. Por isso, é importante que os profissionais se sintam à vontade para compartilhar essas situações ou tenham na empresa suporte médico e psicológico para receber atenção especializada.
Afinal, embora o problema de base não esteja acontecendo dentro da empresa, ele é levado para lá. Sendo assim, a organização pode agir e contribuir para reequilibrar a saúde do profissional, proporcionando benefícios para ele e obtendo ganhos para ela mesma.
Identificar a existência e mapear as ocorrências de estresse no trabalho são passos importantes para combatê-lo. Mas a empresa não precisa esperar que o problema se desencadeie para começar a atuar.
A realização de uma pesquisa de clima organizacional é um bom instrumento para identificar prováveis elementos de risco. Ela permite verificar, por exemplo, qual a percepção dos colaboradores sobre as tarefas que executam, sua remuneração e relação com os líderes e demais colegas.
A pesquisa é uma forma de avaliar as iniciativas mais adequadas para prevenir o estresse. A partir dela, há uma série de ações que podem ser adotadas para controlar o problema. Veja algumas a seguir.
Com frequência, os aspectos que geram estresse no trabalho são considerados normais no ambiente corporativo. Ao bom profissional, cabe enfrentar estas dificuldades e conviver com as situações estressantes.
Driblar este entendimento e construir alternativas que protejam a saúde física e mental dos colaboradores é uma etapa que requer, antes de tudo, o reconhecimento de que não se trata de uma situação natural. Não minimizar o problema é um passo importante para combatê-lo.
A sobrecarga de funções e atividades é um dos grandes gatilhos do estresse e seus sintomas. E ela é resultado direto de algumas características que listamos no início do texto.
Assim, os profissionais terminam por dedicar ao trabalho mais tempo e atenção do que o recomendado, levando os problemas do escritório para casa. Infelizmente, em muitas empresas, essa situação ainda é considerada normal.
Para combater esse problema, é preciso que a organização determine os limites do envolvimento com as funções. Isso significa respeitar os horários de trabalho e as individualidades de cada colaborador.
Também é importante regular o uso de tecnologias e redes sociais, que mantêm todos em alerta permanente, ou seja, 24 horas por dia à disposição da empresa.
As medidas preventivas do estresse no trabalho são muito eficazes. Aqui, estamos falando de iniciativas que estimulem a alimentação saudável e a prática de atividades físicas, como a ginástica laboral.
É válido desenvolver um programa de qualidade de vida, saúde e bem-estar no trabalho, trazendo propostas e ações que incentivem o colaborador a adotar um estilo de vida que evite a ocorrência do estresse em excesso.
Essas ações devem ser implementadas na própria organização, inclusive como uma forma de promover o engajamento da equipe. Porém, também é muito válido conscientizar e educar sobre a importância de levar esses mesmos hábitos para a vida pessoal.
Assim, cuidamos do colaborador por completo, para que ele tenha tranquilidade e bem-estar também fora da empresa, e isso se reflita de uma forma positiva no seu comportamento dentro da organização.
Lembrando que as atividades, ações e programas devem ser desenvolvidos e propostos de acordo com as necessidades dos colaboradores de cada empresa. Assim, vale fazer as pesquisas que citamos, analisar os riscos e os perfis desses trabalhadores para que as soluções estejam adequadas a todas essas demandas.
Outra ação muito importante que já citamos é a oferta do atendimento primário à saúde dentro da empresa. Manter um médico à disposição, assim como oferecer atendimento psicológico, pode ser uma medida fundamental na prevenção do estresse e de outros problemas de saúde mental e física que comprometem a segurança e a qualidade de vida do trabalhador.
Estes são alguns aspectos que as empresas devem observar para manter os níveis de estresse e sintomas desse problema sob controle no ambiente de trabalho. Lembre-se que cuidar da qualidade de vida e da saúde dos colaboradores é uma obrigação da empresa e se caracteriza como investimento estratégico, não um gasto.
Como vimos até aqui, as consequências são físicas e psicológicas. Veja algumas delas:
Primeiramente é possível colocar algumas práticas em ação para buscar o alívio de tensões e garantir a tranquilidade no dia a dia:
Caso não consiga controlar o estresse sozinho, não exalte em procurar ajuda profissional! A saúde mental é tão relevante quanto à saúde física, por isso os profissionais da área devem ser acionados sempre que necessário.
Um psicólogo poderá te ajudar a lidar com todas as questões difíceis da sua vida e, em determinados casos, encaminhar para um psiquiatra realizar a prescrição de medicamentos.
Fonte: Texto retirado do Blog BeeCorp
Link: https://beecorp.com.br/estresse/
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