• 26 maio, 2018

Estratégias de pessoas de alta performance para ter bons hábitos

Hábitos são tão poderosos quanto misteriosos. A maior parte de nossos comportamentos, tanto bons quanto ruins, é produto da formação de rotinas.

Muito do que fazemos é no piloto automático, com estímulos contextuais do ambiente servindo como gatilho para conjuntos pré-programados de comportamentos que ocorrem sem que tenhamos consciência.

Essa é uma ferramenta incrível da psicologia humana – um modo eficiente e econômico de agir que não requer o alto preço do pensamento consciente. É por causa dos hábitos que somos capazes de reservar nossa potência cerebral para as tarefas mais complicadas, aquelas que impulsionam nosso potencial de aprendizagem.

O elemento de mistério entra em cena quando pensamos em como os hábitos acontecem. Os componentes básicos de sua formação iludiram os cientistas comportamentais e os neurocientistas por décadas. Apenas recentemente começamos a entender os mecanismos cerebrais por trás deles.

Um ponto importante a se levantar é que a formação de hábito eficiente tem pouco a ver com o estabelecimento de objetivos. Na realidade, os estudos mostram que fazer as pessoas refletirem sobre seus objetivos as impede de formar bons hábitos. É por isso que muito da nossa rotina é ruim. Ela não se importa com o que nós (e nossos objetivos) consideram “bom” ou “ruim”, ocorre independentemente desse tipo de avaliação.

Ben Franklin, um homem de muito sucesso, reconheceu a importância disso quando falou: “O hábito é um dos princípios mais maravilhosos de toda a constituição humana. Sua função especial é fazer com que algo que antes era incômodo se torne prazeroso depois de certo tempo”.

Como Franklin pontuou tão bem, os hábitos começam como pequenos comportamentos irritantes que, ao longo do tempo, tornam-se mais agradáveis. É ter esse impulso que torna a parte inicial da formação de uma rotina tão incrivelmente difícil.

As pessoas consideradas de alta performance sabem disso. Elas desenham suas vidas ao redor do que poderia ser chamado de “sistemas habituais baseados em estímulos”. Sistemas cuja função primária é aumentar as chances de um comportamento direcionado acontecer.

Eles criam novos hábitos confiando nos estímulos de seu ambiente

Quando decidem que uma mudança de comportamento precisa ser feita, profissionais de alta performance não se sentam e escrevem sobre as 10 melhores maneiras de alcançar determinado objetivo e então esperam que a mudança ocorra da noite para o dia. Eles são mais espertos do que isso. Voltam-se para os estímulos do ambiente que os cerca. B.J. Fogg, psicólogo de Stanford, diz: “Há apenas uma forma de mudar radicalmente o seu comportamento. Mude radicalmente o seu ambiente”.

Top performers sabem disso. Primeiro eles observam cuidadosamente o ambiente ao seu redor – seja físico, natural, social ou tecnológico – e identificam qual série de estímulos tem mais probabilidade de “liberar” o hábito, primeiro em sua mente e então, ao longo do tempo, em seu comportamento.

Em seguida, eles manipulam apenas os estímulos ambientais que os cercam, aqueles que eles sabem que farão com que o hábito se forme. Da mesma forma, eles removem os estímulos que tendem a impedir que o comportamento alvo ocorra.

FONTE: Forbes – Por Redação

Fonte: Flowing