• 22 fevereiro, 2018

Entenda mais sobre Mindfulness

A técnica meditativa que promove a atenção plena ajuda a reduzir a dor crônica, crises de ansiedade e evita a reincidência da depressão. Fique por dentro!

Em tempos de WhatsApp e agenda apertada, focar a atenção naquilo que estamos fazendo no momento presente nem sempre é uma tarefa fácil. Pois este é exatamente o objetivo da mindfulness: desenvolver um estado mental de atenção plena por meio da meditação. A prática, que possui mais de 2500 anos e tem origem na religião budista, tornou-se popular na medicina ocidental nas últimas três décadas.

 “Os exercícios se assemelham à meditação tradicional, na qual sentamos de olhos fechados, postura ereta e despertamos para a experiência do corpo, das emoções, da mente e da respiração. Sempre retornando o foco para a experiência como ela é”, explica Vitor Friary, psicólogo e diretor do Centro de Mindfulness e Redução de Estresse do Rio de Janeiro (RJ).

Um exercício diário:

A mindfulness também pode ser exercitada no dia a dia, levando à consciência as informações extraídas por meio dos cinco sentidos. “Por exemplo, lavar louça e sentir o cheiro do sabão, sentir a água escorrer pelas mãos. Estar na praia e apreciar o pôr do sol, ver as cores, cheirar os aromas. Isto é, estar presente em vez de estar fazendo algo com a cabeça pensando em outras coisas”, pontua.

O que muita gente não sabe, entretanto, é que a mindfulness pode proporcionar diversos benefícios à saúde física e mental, muitos deles comprovados por pesquisas científicas.

Alívio da dor:

Uma pesquisa publicada em 1985 no Journal of Behavioral Medicine já mostrava a melhora na dor crônica de 90 pacientes que praticaram dez semanas de mindfulness. Uma das hipóteses é que a técnica muda a relação da pessoa com a dor, o que influenciaria os sintomas físicos. “Por cima do quadro de dor, a pessoa cria sofrimentos secundários e elaborações emocionais negativas, como raiva e culpa. A mindfulness ajuda a perceber isso melhor”, assinala Marcelo Marcos Piva Demarzo, médico e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Além disso, um dos efeitos colaterais da mindfulness é o relaxamento, que também diminui a dor”, acrescenta.

Pesquisas de neuroimagem com pacientes com dor crônica indicam, ainda, que áreas do cérebro responsáveis pela experiência da dor ficam menos ativas quando se pratica mindfulness por mais de oito semanas, todos os dias.

A prática pode ser exercitada durante a rotina. Levam-se à consciência as informações extraídas por meio dos sentidos. Dessa  forma, a pessoa se faz presente àquilo que está vivendo.

FONTE: Revista Viva Saúde

Fonte: Flowing