• 2 setembro, 2017

Doenças cardíacas

Coração

Um dos órgãos vitais do corpo, o coração se localiza no centro do tórax, um pouco mais ao lado esquerdo. É formado por um tecido muscular e tem o tamanho de um punho fechado. Sua principal função é bombear o sangue para o organismo.

O coração é dividido em quatro partes, sendo duas cavidades superiores – os átrios – e duas inferiores – os ventrículos. Na circulação pulmonar, no lado direito, o átrio recebe o sangue venoso que vem do corpo pela veia pulmonar, passando para o ventrículo direito que o bombeia para os pulmões, onde recebe oxigênio e há a eliminação do dióxido de carbono. Logo depois, o sangue oxigenado chega novamente ao coração pelo átrio esquerdo, passando em seguida para o ventrículo esquerdo, que o bombeia para todo o organismo – essa é a circulação sistêmica. O fluxo sanguíneo no coração é controlado por válvulas que trabalham em um único sentido.

As contrações dos ventrículos são responsáveis por bombear o sangue para fora do coração cerca de 70 vezes por minuto durante o repouso, o que corresponde a aproximadamente 5 litros de sangue por minuto. Durante o exercício físico, o ritmo de batimentos em geral aumenta para satisfazer as necessidades de oxigênio do organismo.

Conheça as principais doenças que afetam o coração:

Doença coronariana

Trata-se do estreitamento das artérias coronárias, que irrigam o músculo cardíaco com sangue oxigenado. É mais comum em idosos, acometendo mais os homens que as mulheres até os 60 anos de idade, diferença não observada após essa faixa etária. A principal causa é a aterosclerose – formação de placas de gordura no interior das artérias –, ocasionando estreitamento arterial com redução do fluxo sanguíneo para o coração, mas pode ser hereditária. Em fases iniciais pode não haver sintomas, mas, à medida que a doença avança, começa a aparecer dor torácica aos esforços físicos, angina ou infarto do miocárdio. Alguns pacientes também apresentam arritmias.

Angina

É a dor torácica que aparece com o esforço e desaparece com o repouso. A angina tem como principal causa a doença coronariana e aparece como uma sensação de peso ou aperto no centro do tórax e um desconforto ou dor que irradia para o pescoço e braço esquerdo. Esses sintomas são parecidos com os do infarto, porém, de menor intensidade. Ela surge em determinada fase do esforço físico e pode manifestar-se mais rapidamente quando o exercício está sendo feito ao ar livre e o tempo está frio ou ventando muito. Na presença de dor aos esforços, é importante sempre procurar o médico para que o diagnóstico seja feito mais precocemente e se evite complicações.

Infarto do miocárdio

Também conhecido como ataque cardíaco, o infarto do miocárdio corresponde ao bloqueio da artéria coronária que impede a irrigação sanguínea de uma parte do coração. Ocorre mais frequentemente em pessoas idosas e, naqueles com menos de 60 anos, é mais comum em homens. O infarto do miocárdio, que pode ser hereditário, é ocasionado pela doença coronariana e é uma das principais causas de mortalidade. Os sintomas aparecem repentinamente e, em geral, incluem dor torácica intensa com sensação de aperto no tórax – que pode irradiar para o pescoço e ombro esquerdo –, palidez, suores, falta de ar, náuseas e vômitos, nervosismo e ansiedade. O infarto pode complicar com o aparecimento de arritmias, que podem ser fatais, ou mesmo a parada cardíaca. Por isso, quando esses sintomas aparecem, é fundamental procurar um serviço médico de emergência. Outra complicação do infarto é a insuficiência cardíaca.

Arritmias

São as alterações da frequência e/ou do ritmo dos batimentos do coração. O ritmo cardíaco normal de um adulto em repouso é de 60 a 100 batimentos por minuto. A arritmia é mais comum em idosos e pode ser de dois tipos: taquicardia, na qual há aumento da frequência cardíaca, e bradicardia, caracterizada pela diminuição da frequência cardíaca. Sua causa mais conhecida é a doença do coração e seus vasos sanguíneos, principalmente das artérias coronárias. Alguns tipos de arritmias são hereditários e muitas vezes não causam sintomas, mas estes podem aparecer de maneira súbita, por meio de palpitações,tonturas que podem levar a desmaios, falta de ar, dor no tórax ou pescoço. Durante o exercício físico, pode ocorrer taquicardia, uma vez que o coração trabalha mais para mandar o sangue oxigenado para o corpo, mas os batimentos retornam ao normal com o repouso. Se a presença de palpitações se mantém constante, pode ser um sinal de que exista uma arritmia. Nesse caso, a avaliação médica é necessária.

Prolapso mitral

É um deslocamento da válvula mitral, que localiza-se entre o átrio e o ventrículo do lado esquerdo do coração. Acomete pessoas de 20 a 40 anos de idade e é mais comum em mulheres. Alguns casos são hereditários. O prolapso mitral geralmente não causa sintomas e a maioria dos portadores dessa condição desconhece o problema. Quando há sintomas, observa-se tonturas, desmaios, dor no tórax do lado esquerdo e palpitações.

Endocardite infecciosa

Trata-se de uma inflamação do endocárdio – revestimento interno do coração – que afeta principalmente as válvulas cardíacas. É causada pela infecção por bactérias e, mais raramente, por fungos. Esses microrganismos podem entrar na circulação sanguínea durante tratamentos dentários, cirurgias do trato digestivo e urinário, e procedimentos médicos como a colocação de cateter. Usuários de drogas injetáveis têm maior risco de endocardite. Os sintomas incluem fadiga, febre, suor noturno ou calafrios, dor nas articulações, perda de peso e palpitações.

Hipertensão

Conhecida como pressão alta, a hipertensão é o aumento da pressão dentro dos vasos sanguíneos, fazendo com que o coração tenha mais esforço para bombear o sangue. A pressão arterial de um adulto saudável em repouso não deve ser maior que 120/80 mmHg. Quando a pressão permanece constantemente superior a 140/90 mmHg, o indivíduo é considerado hipertenso. Acomete mais frequentemente homens, idosos e pessoas de meia-idade. Cerca de 90% dos casos não têm causa conhecida. A pressão alta normalmente não ocasiona sintomas, mas o hipertenso pode apresentar dor de cabeça, tonturas, visão turva e cansaço. Vale alertar que quanto maior o tempo de evolução e a gravidade da hipertensão, maior o risco de desenvolver lesões nas artérias, rins e coração. Desse modo, o acompanhamento médico é imprescindível.

FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDÍACAS

  • Tabagismo
  • Dieta rica em gorduras e sal
  • Sedentarismo
  • Obesidade
  • Estresse
  • Abuso de álcool
  • Colesterol alto
  • Diabetes
  • Hipertensão
  • Hereditariedade

Como manter o coração saudável?

  • Não fume e, quando possível, fique longe de ambientes de fumantes.
  • O fumante passivo também está exposto aos riscos do tabaco, em menor grau que o ativo.
  • Ingira bebidas alcoólicas com moderação.
  • Meça sua pressão arterial com frequência.
  • Cerca de um terço dos hipertensos não sabe que tem a doença.
  • Procure saber se seus níveis de glicose e colesterol estão normais.
  • Durma bem. A privação do sono pode aumentar o risco de doenças cardíacas.
  • Fuja do estresse, aprenda a viver com menos ansiedade, tristeza ou mau-humor.
  • Fique de bem com a vida, ria muito, tenha boas emoções, seja feliz.
  • Cuide de sua alimentação – mudando alguns hábitos como ingerir menos alimentos com gordura trans e de origem animal, consumir alimentos ricos em ômega 3, moderar o consumo de açúcar e carboidratos simples, diminuir o consumo de sal, aumentar a ingestão de fibras, etc.
  • Controle seu peso.
  • Pratique atividade física regularmente.
  • A caminhada, por exemplo, é um ótimo exercício físico para prevenir os problemas do coração.
  • Trinta minutos de caminhada leve por dia reduzem o risco de infarto pela metade.

FONTE: Juntos pela Saúde

Fonte: Flowing