• 19 abril, 2023

Diversidade étnica e preconceito: um problema dentro e fora das empresas

Falar sobre diversidade étnica é também, falar sobre subjetividade. Na atualidade, a pauta vem ganhando cada vez mais força. Sob essa perspectiva, uma das métricas mais importantes para conseguir entrar no ranking do Great Place to Work (GPTW) é a taxa de diversidade nas empresas.

Respeitar as diferenças é preciso. Promover a inclusão dentro das organizações é mais do que necessário. De acordo com um estudo feito pela Catalyst, ao entrevistar mulheres de grupos raciais e étnicos marginalizados, 51% das entrevistadas disseram que já sofreram racismo em seus trabalhos atuais.

O preconceito racial dentro das organizações

A discriminação no trabalho pode acontecer de forma clara e direta, mas na maioria das vezes acontece de forma sutil e indireta. Uma piada de mau gosto, um comentário declarado como “inofensivo” ou até mesmo gestos e pequenas ações podem configurar um preconceito e até mesmo o bullying.

Contudo, são comportamentos que raramente são identificados e só quem é vítima sabe o que aconteceu. Isso pois, vivemos em um mundo predominantemente preconceituoso, crescemos escutando diversas falas machistas, racistas, misóginas e assim, projetamos no outro o que aprendemos desde cedo, achando normal.

É só com a maturidade e consciência social adquirida que conseguimos nos desvincular desses pensamentos estruturais. Hoje, ouvimos falar mais sobre igualdade, temos acesso à informação e podemos estudar as causas, mas ainda sim, a ignorância prevalece para alguns.

Os alvos são sempre os mesmos

Enquanto forem minorias, serão alvos. Mulheres, pretos, indígenas, amarelos e outros grupos étnicos não são maioria dentro das empresas, muito pelo contrário. Os pretos, por exemplo,  ocupam menos de 30% dos cargos de liderança dentro das corporações.

Logo, quando um preto chega a um cargo nobre, ele é minoria. Ele contraria as estatísticas e provavelmente pode incomodar quem discrimina sua raça. Dessa forma, são alvos fáceis. Ainda, aqueles que ocupam cargos menores sofrem mais ainda com a descredibilização e o racismo.

Outro grupo desfavorecido são os amarelos. Diferente dos pretos, costumam ocupar cargos nobres, são considerados inteligentes e são tratados como os famosos “gênios”. Mas mesmo assim, precisam escutar piadas sobre o estereótipo dos seus olhos, aceitar apelidos como “japa”; “asiático”; “olhos pequenos” e ser alvo de piadas que dizem que seus órgãos genitais são abaixo da média.

Como as cotas de diversidade ajudam na diminuição da discriminação?

Promovendo uma maior quantidade de vagas para raças e gêneros distintos as empresas conseguem equilibrar os estereótipos promovendo a diversidade. Sendo assim, quem é minoria passa também a ser maioria e ganhar voz em espaços que antes não eram ocupados.

Com a diversidade étnica nas empresas é possível contribuir para a problemática social e promover um ambiente confortável e respeitoso para todos. Porém, não se trata apenas de colocar diferentes tipos de pessoas nas vagas, mas sim de propagar a importância do respeito, diversidade e inclusão todos os dias com ações, falas e diretrizes organizacionais.

É possível criar palestras, fazer ações em conjunto e até mesmo criar um comitê de diversidade dentro das empresas para que a pauta seja amplamente trabalhada dentro da organização.

3 benefícios de ter uma equipe com diversidade étnica

Promover a diversidade dentro das organizações traz benefícios tanto para os funcionários quanto para as empresas. Falamos muito sobre a importância da diversidade sob a perspectiva social, mas para além disso, há muito a desfrutar.

1. São histórias de vida diferentes

Pessoas diferentes, culturas diferentes. A diversidade permite que possamos conhecer histórias de vida inspiradoras e que saem do tradicional. Quando nos permitimos ouvir o que o outro tem a dizer, nos encantamos com a subjetividade de cada um, com todas as dores e delícias de ser o que se é.

2. Perspectivas distintas

A diversidade traz uma bagagem de novas perspectivas. São experiências diferentes, vivências e aprendizados que são únicos e singulares. Dessa forma, uma mesma situação pode abranger infinitos ângulos de percepção que não seriam facilmente alcançados por qualquer um.

3. Conhecimento ambíguo

Conhecer outras histórias e novas perspectivas aumenta nossa gama de conhecimento. Logo, abrimos um leque de possibilidades, podendo inovar e aprender mais sobre outros assuntos que desconhecemos ou não temos propriedade para falar.

Criando um ambiente diverso com segurança

Além de promover a diversidade dentro do ambiente de trabalho, se assegure de que não haverá preconceitos e ainda, se certifique de que se alguém se sentir discriminado ou inferior ou outra pessoa, ela terá com quem falar.

Uma dica valiosa é aderir aos programas de saúde emocional para as empresas. Esses projetos visam identificar os níveis de ansiedade, depressão e estresse dos colaboradores e também disponibiliza terapias online para cada funcionário.

Fonte: TelaVita

Fonte: Flowing