A depressão pós-parto parece ser uma doença não relacionada com o nascimento do filho. A condição gera mudanças no emocional da mulher depois de dar à luz que são identificadas pela instabilidade de humor, sentimentos de profunda tristeza e desesperança.
Cabe destacar que a depressão pós-parto pode acometer mulheres de todas as faixas etárias, que já tiveram ou não outros filhos. Ainda, é considerada um quadro clínico que precisa de acompanhamento psicológico e/ou psiquiátrico e deve ser tratado para que não comprometa a relação entre a mãe e o bebê.
Há 3 quadros emocionais associados à depressão pós-parto, com sintomas gradativos ao desequilíbrio emocional da mãe. Vale destacar que não são tipos de depressão diferentes, e sim, situações clínicas relacionadas. São elas:
Pesquisas indicam que a condição costuma acontecer entre a quarta a oitava semana depois do nascimento, e pode se estender por mais de um ano.
Algumas referências apontam que a diferença entre a tristeza materna, ou baby blues, e a depressão pós-parto é o tempo e a intensidade de alguns sintomas. Assim, o baby blues apresenta alteração no humor e estado melancólico como principais sintomas. Começa logo após o parto, dura um curto período e pode estar relacionado com a reorganização hormonal do corpo da mãe.
Já a depressão pós-parto soma outros sintomas a esses, podendo ocorrer a partir da quarta semana depois do nascimento e tem causas ainda em estudo, avaliadas de diferentes aspectos conceituais, epidemiológicos, etiológicos e fatores de risco.
Uma informação que reforça a necessidade de estar atenta à depressão pós-parto é que há pesquisas que apontam que os transtornos psiquiátricos durante a gravidez são subdetectados e subtratados.
Além disso, os sintomas são semelhantes aos do quadro de depressão associados à saúde emocional, e também podem apresentar efeitos físicos. Veja alguns deles:
Como princípio, é preciso destacar a importância das condições físicas e psicológicas da mulher antes do parto. Além de influenciar no desenvolvimento infantil, a saúde da mãe é essencial para lidar com as mudanças que acontecem, tanto no corpo, quanto na rotina e na vida dela.
Somado a isso, as causas da depressão pós-parto são associadas a diferentes aspectos. Entre eles, estão:
Após o nascimento do filho, a mãe passa por alterações naturais nos níveis de hormônios. Logo, a queda de estrogênio e progesterona, hormônios produzidos em abundância durante a gravidez, ocasionam desequilíbrios que vão desde a queda de cabelo até alterações no humor e no desejo sexual.
Ainda, algumas mães apresentam uma sensibilidade mais acentuada às alterações hormonais. Dessa forma, se tornam mais vulneráveis ao estresse, que pode ser um dos estímulos para mudanças comportamentais, emocionais, transtornos de humor e depressão.
Com as alterações hormonais, físicas e sociais ocasionadas no pós-parto, é comum que a mãe apresente gatilhos emocionais que podem desencadear em quadros depressivos. O cansaço e a pressão psicológica colaboram para que a mulher tenha flutuações diante das emoções, se sinta desamparada e sem disposição.
Além da sensação de cansaço, outros fatores impactam no físico da mulher após o parto. A falta de sono, de descanso, de atividade física e de tempo podem exigir mais do que o corpo está preparado, e levar a mãe a quadros de fadiga e esgotamento físico.
Esse cenário é favorável para o desencadeamento de outros problemas, como transtornos de humor e depressão.
Ainda, existem alguns fatores que podem aumentar o risco da depressão pós-parto, como:
A depressão pós-parto nos homens ainda conta com poucos estudos relacionados. Contudo, análises indicam que, sim. Por mais que os pais não passem por mudanças hormonais, a ansiedade e as preocupações são as grandes vilãs para gerar uma situação de depressão pós- parto masculina.
Além disso, as novas responsabilidades também pressionam a saúde emocional dos homens, como os cuidados com o bebê, a nova rotina, falta de sono, descanso e a importante necessidade de dar apoio para a recuperação da mãe.
Da mesma forma que os sintomas, o tratamento para a depressão pós-parto é baseado nas mesmas recomendações da depressão que não é associada ao nascimento de um filho.
Ainda, o tratamento depende da gravidade do quadro clínico da mãe, o qual é avaliado por médicos. Conforme o diagnóstico, as recomendações podem variar: terapias, meditação e medicamentos são algumas delas.
A amamentação é um momento especial, capaz de conectar a mãe com o bebê em muitos aspectos, não apenas ao nutricional. Há estudos que destacam que mães com depressão pós-parto costumam amamentar menos, o que colabora para enfraquecer vínculos de afeto e impactar outros benefícios que o ato de amamentar proporciona para a mulher e para a criança.
Porém, ao ter sintomas de depressão, amamentar pode ser um desafio. Por isso, é importante que a mãe tenha acompanhamento profissional. No caso de medicamentos que auxiliem no reequilíbrio materno, o médico deve priorizar opções que não interfiram na amamentação. Contudo, em situações mais graves, outros protocolos mais restritos podem ser recomendados.
Assim como em outros quadros clínicos de depressão, é importante que a mãe tenha apoio familiar, profissional, cuide da sua saúde mental e do corpo com técnicas integrativas, como a meditação.
Essa questão é continuamente pesquisada, e estudos evidenciam que o quadro de depressão da mãe após o parto pode estar associado a prejuízos no desenvolvimento emocional, social e cognitivo do bebê.
Somado a isso, pesquisas também apontaram transtornos de conduta, comprometimento da saúde física e momentos depressivos nas crianças das mães que tiveram depressão pós-parto.
Além da repercussão no desenvolvimento infantil, um estudo avaliou 35 mães que sofreram de depressão pós-parto, assim como seus filhos até os 18 meses de idade. Como uma das evidências, as mães com sintomas de depressão pós-parto foram identificadas como menos afetivas e mais ansiosas quando comparadas com o grupo que não apresentava sintomas depressivos.
Como vimos até aqui, a depressão pós-parto apresenta causas ainda em estudo e de diferentes aspectos. Por isso, as recomendações para prevenir o quadro clínico depressivo apresentam frentes distintas, e podem ser complementares. Evidentemente, a indicação médica é primordial, mas há estratégias positivas que reforçam a saúde da mulher, e podem ajudar na prevenção.
O conceito ainda não é tão conhecido, mas o objetivo do pré-natal psicológico é integrar a mulher e a família ao processo da gestação com técnicas psicoterápicas. A ideia é preparar psicologicamente a família para os desafios da maternidade (e paternidade), além de prevenir a depressão pós-parto (DPP).
Aqui, quando falamos da saúde materna, falamos em todos os aspectos físicos, mentais e emocionais. É muito comum não ter clareza diante dos transtornos psíquicos que possam acontecer, por isso, estar atenta, perceber as mudanças e como lidar com elas ajuda a identificar sintomas e procurar tratamento.
Também, a atenção ao comportamento e à saúde da mãe, por parte da família e de pessoas próximas, é importante para detectar situações e prevenir depressão.
O DHA é um dos ácidos graxos presentes no ômega-3 e um importante componente da membrana celular do cérebro. Durante a gravidez, é transferido com intensidade da mãe para o bebê. Como resultado, a mãe passa a apresentar baixos níveis do nutriente.
Estudos indicam que a deficiência pode estar relacionada com a depressão pós-parto. Ao mesmo tempo, é fundamental que a mãe garanta o nutriente para a saúde cerebral, ocular, imunidade e desenvolvimento do sistema nervoso do bebê.
Diante disso, uma das alternativas é a suplementação de ômega-3 durante a gravidez, visto que o DHA, presente no óleo de peixe, ajuda a mãe a ter uma maior adaptação ao estresse durante a gestação e prevenção de depressão perinatal.
Além da suplementação de ômega-3, outros nutrientes são essenciais para a mulher durante a gravidez. Isso porque além da depressão pós-parto, existem outras questões que precisam estar no radar da futura mãe, como os níveis de vitaminas e minerais, tão importantes para a saúde dela quanto para o desenvolvimento do bebê.
Fonte: Be Generous
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