• 2 setembro, 2017

Cuidando da saúde da mulher

Saúde da mulher – Exigência da natureza 

Será que a saúde da mulher requer maiores cuidados que a do homem ao longo da vida? Ninguém precisa ter estatísticas à mão para responder a essa pergunta. O corpo feminino, por ter sido idealizado pela natureza para conceber e gerar vida, pede um pouco mais de atenção, mesmo para quem optou por não ter filhos.

Dessa forma, a manutenção da saúde feminina exige diversas atitudes preventivas nas diferentes fases da vida. No entanto, cada mulher possui uma história de vida, hábitos e costumes diferentes, devendo, portanto, receber uma orientação individualizada no que diz respeito à sua saúde.

Flutuações hormonais

Desde a puberdade, o organismo feminino se prepara todo mês para comportar um embrião e, quando a concepção não ocorre, o óvulo não fecundado é reabsorvido e a menstruação ocorre cerca de duas semanas depois, tudo sob o comando dos hormônios, cujos níveis na circulação aumentam e diminuem, conforme cada uma dessas fases. Embora necessário, o sobe desce hormonal está por trás da tensão.

Será que a saúde da mulher requer maiores cuidados que a do homem ao longo da vida? Ninguém precisa ter estatísticas à mão para responder a essa pergunta. O corpo feminino, por ter sido idealizado pela natureza para conceber e gerar vida, pede um pouco mais de atenção, mesmo para quem optou por não ter filhos.

Dessa forma, a manutenção da saúde feminina exige diversas atitudes preventivas nas diferentes fases da vida. No entanto, cada mulher possui uma história de vida, hábitos e costumes diferentes, devendo, portanto, receber uma orientação individualizada no que diz respeito à sua saúde. pré-menstrual, ou TPM, problema que aflige em torno de 70% das mulheres, ocasionando aumento do volume abdominal, dor de cabeça, dor nas mamas e inchaço no corpo, além de manifestações psicológicas, a exemplo de depressão, agressividade, insônia e maior facilidade para chorar.

Contudo, ninguém precisa se conformar em conviver com esses sintomas porque eles podem ser aplacados com a prática de atividade física, com mudanças na alimentação, com boas noites de sono e, se preciso, com medicamentos, desde que com prescrição médica.

Depois que a menopausa ocorre, por volta dos 48 aos 52 anos, a TPM se vai, mas a queda brusca na produção de hormônios femininos usualmente causa um impacto significativo ao corpo da mulher, podendo dar origem a um período com ondas de calor, insônia, alterações de humor, ganho de peso, ressecamento vaginal e diminuição do desejo sexual, fase conhecida como climatério.

Além disso, a baixa hormonal significa igualmente a perda de um efeito protetor sobre a saúde do coração e dos ossos. No entanto, assim como a TPM, a menopausa também pode ser administrada com orientação médica adequada. Vale a pena conversar com o seu ginecologista.

Exames que salvam

Além de andar sempre às voltas com a oscilação dos hormônios, a mulher está sujeita a doenças tipicamente femininas, em particular o câncer de colo uterino e o câncer de mama. Contudo, graças às medidas de prevenção e diagnóstico precoce, felizmente tem havido uma diminuição na incidência e na mortalidade dessas condições.

É possível evitar efetivamente o câncer de colo uterino por meio da colpocitologia oncótica anual, o Papanicolaou, que deve começar a ser feito com o início da atividade sexual, sempre sob orientação de um ginecologista, o especialista capaz de interpretar os resultados e fazer as recomendações necessárias. Hoje também existem vacinas contra o papilomavírus humano, ou HPV, o agente infeccioso que causa a maioria dos casos desse câncer.

A imunização, entretanto, apenas complementa o Papanicolaou, não podendo substituí-lo. Já o câncer mamário não pode ser prevenido da mesma forma, porém a realização periódica de uma mamografia, uma espécie de raios X das mamas, a partir dos 40 anos de idade, permite identificar esse tumor numa fase inicial, quando as chances de cura são bastante elevadas.

Múltiplos papéis

Ao mesmo tempo em que a ciência mostra o caminho da prevenção de males femininos, observam-se cada vez mais mulheres com pressão alta, obesidade, diabetes e colesterol alto, entre outros problemas de saúde que, até poucos anos antes, eram considerados predominantemente dos homens.

Para ter uma ideia, hoje as doenças cardiovasculares como o ataque cardíaco e o derrame cerebral constituem a primeira causa de morte na população feminina brasileira e norte-americana. Esse cenário epidemiológico pode ser em parte explicado pelas mudanças que ocorreram nas últimas décadas.

Muitas mulheres atualmente acumulam múltiplas funções, fazendo grandes malabarismos para atender às demandas da casa, dos filhos e do trabalho e até mesmo para dar conta de suas aspirações pessoais.

Com isso, não é difícil deixar a saúde de lado e embalar num estilo de vida arriscado, com o consumo de uma alimentação irregular e a falta da prática de atividade física, o que coloca o grupo feminino praticamente em posição de igualdade com o masculino nos riscos para os transtornos cardiovasculares, sobretudo após a menopausa.

Para neutralizar esses perigos, o ideal é manter o equilíbrio entre as exigências da vida moderna e adotar um estilo de vida mais saudável, não apenas com tempo para consultas e exames, mas para comer bem, dormir bem e viver bem.

Afinal, tão importante quanto a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças são as medidas de promoção de saúde, ou seja, a manutenção de hábitos que garantam melhor qualidade de vida.

Dicas

Para ter saúde, sem precisar ser super-mulher:

  • Exercite-se regularmente em sessões de 30 minutos, no mínimo, três vezes por semana, de preferência com atividades aeróbicas, como correr e caminhar.
  • Faça refeições em horários regulares e mantenha um bom equilíbrio entre a ingestão de carboidratos (massas e doces), proteínas (carnes, ovos e leguminosas) e gorduras.
  • Beba um mínimo de um litro e meio de líquidos por dia (água, sucos e chás).
  • Não fume. O cigarro é responsável por diversos tipos de doenças, que vão desde a bronquite até o câncer de pulmão e outros tipos de tumores.
  • Modere o consumo de bebidas alcoólicas e reduza a ingestão de sal e cafeína.
  • Consulte um ginecologista pelo menos uma vez por ano.
  • Lembre-se de que o dia tem apenas 24 horas e que, idealmente, você deve dormir durante um terço dele.

FONTE: Juntos pela Saúde

Fonte: Flowing