A hipertensão arterial é uma doença muito prevalente entre os brasileiros, chegando a atingir quase 25% de toda a população. Por se tratar de um problema silencioso, os sintomas de pressão alta não se apresentam ou são praticamente imperceptíveis.
Normalmente, descobre-se a pressão alta em uma consulta de rotina, quando o médico afere a pressão arterial. Valores pressóricos acima de 140×90 mmHg, aferidos em dois momentos, já são o bastante para considerar uma pessoa hipertensa.
Neste artigo, explicarei o que é a hipertensão arterial e as suas principais causas, quais são os sintomas de pressão alta, por que é preciso tratá-la, como diagnosticá-la, quais as formas de tratamento e como preveni-la. Confira!
O sangue é responsável por levar oxigênio e nutrientes para todas as células do corpo. Para tanto, ele deve ser bombeado e correr pelas artérias e suas ramificações e, na volta, passar pelas veias para retornar ao coração. Dessa forma, os músculos do coração exercem uma força e, em contrapartida, os vasos oferecem resistência. O somatório dessas forças determina a pressão arterial.
A pressão é necessária para oferecer a correta distribuição do sangue no corpo. Pressões muito baixas, por exemplo, podem provocar a falta de sangue no cérebro, causando desmaios. Já as altas demais, embora nem sempre apresentem sintomas, determinam um sério quadro para o organismo.
Isso acontece porque o sangue passa com bastante força nos vasos e, assim, pressiona as suas paredes, o que pode causar aneurismas (bolsas de tecido mais delgado nos vasos) e até rompimentos, resultando em acidente vascular encefálico (AVE). Essa condição também deixa o corpo mais propenso a infartos e problemas renais, entre outros.
O primeiro passo para prevenir a pressão alta é saber o que pode originá-la. Veja, a seguir, quais são as principais causas dessa doença!
O cigarro é cheio de componentes prejudiciais à saúde. Além de ter agentes cancerígenos, a fumaça tragada para dentro dos pulmões é capaz de liberar radicais livres, substâncias que agem destruindo e envelhecendo as células do corpo. Assim, estruturas importantes do organismo envelhecem mais precocemente, como a carótida, principal artéria do pescoço, e outros vasos, prejudicando a circulação.
Além disso, é sabido que a cada tragada, a pressão sobe momentaneamente devido aos compostos do cigarro. Para pessoas que fumam durante grande parte de seus dias, isso pode se tornar um verdadeiro problema.
O estilo de vida sedentário é um grande fator de risco para a hipertensão. Isso porque o sedentarismo propicia alterações vasculares, deixando os vasos mais rígidos e prejudicando a sua adaptação a diferentes valores de pressão arterial.
Além disso, pessoas sedentárias estão frequentemente acima do peso e têm um pior perfil de colesterol, que é um grande vilão nesse processo. Isso porque ele se acumula nas paredes das artérias, deixando-as inflexíveis e diminuindo o espaço para o sangue circular, o que também aumenta a pressão.
O sal é um ponto fundamental no balanço da pressão arterial. Pessoas que abusam da substância têm uma tendência a reter água. Essa é uma forma do organismo tentar compensar o excesso do condimento introduzido por meio da alimentação.
No entanto, os vasos continuam com o mesmo calibre, enquanto o volume sanguíneo aumenta. Isso determina uma pressão arterial mais alta. É por esse motivo que a dieta para evitar a hipertensão arterial e para pessoas hipertensas é com o mínimo de sal e isenta de produtos industrializados, já que eles normalmente têm teor elevado da substância, além de outros componentes prejudiciais à saúde.
Atualmente, é sabido que o desenvolvimento da pressão arterial está ligado a alguns fatores os quais não podem ser controlados, como os genes. Logo, pessoas que têm pais com pressão arterial acima do ideal são mais propensas a desenvolver a doença.
No entanto, os fatores externos, como alimentação, tabagismo e estilo de vida, têm grande influência sobre a hereditariedade. Um indivíduo com predisposição genética a desenvolver hipertensão arterial pode, por exemplo, postergar o aparecimento da doença ao adotar um estilo de vida saudável.
Abaixo, listei os cinco principais sintomas de pressão alta para você ficar de olho. Acompanhe a leitura!
A dor de cabeça pode ser um indicativo de que a pressão está alta, principalmente em pessoas que não têm o costume de apresentar esse sintoma.
Incômodos no ouvido, como barulhos e zumbidos, podem surgir quando a pressão está muito alta.
A hipertensão arterial desencadeia diversos mecanismos de compensação no organismo. Assim, podem surgir falta de ar e sensação de dor no peito.
Como o sangue está circulando em alta pressão, pode haver comprometimento de sua distribuição, principalmente no sistema circulatório cerebral que tem vasos muito delicados. Assim, podem surgir sintomas como a visão dupla ou embaçada.
Tonturas podem surgir pelo mesmo motivo anterior, já que a circulação rápida do sangue pode comprometer a distribuição de oxigênio. Desse modo, a consciência e o equilíbrio são prejudicados.
É importante ter em mente que esses sintomas não são exclusivos da hipertensão arterial e, em muitos casos, eles não aparecem em pessoas que apresentam a doença. Os sinais costumam surgir quando os níveis pressóricos estão extremamente altos, o que configura um perigo para a saúde.
Dessa forma, ao sentir qualquer desconforto como os citados acima, a recomendação é procurar o médico para diagnosticar e tratar a condição o mais precocemente possível. Pode ser que você esteja com pressão alta, portanto, todo cuidado é pouco.
A hipertensão arterial é muito prevalente na população por ser uma doença silenciosa. Assim, normalmente a enfermidade é descoberta em consultas de rotina ou quando os níveis pressóricos estão muito altos, causando os sintomas de pressão alta.
O problema é que, em decorrência da hipertensão arterial, o indivíduo pode desenvolver outras condições graves, como problemas renais e oculares. Além disso, eventos agudos como o AVE e o infarto também são muito predominantes em pessoas hipertensas.
Quando um indivíduo sente os sintomas de pressão alta, é preciso procurar o médico. A primeira coisa a ser feita é a confirmação do diagnóstico. Para isso, é realizada a aferição com aparelhos manuais ou automáticos. Aliás, há tecnologias que realizam 100 medidas de pressão por 24 horas, aproximadamente.
Se o diagnóstico for confirmado, o tratamento deve ser prescrito, e a pressão precisará ser aferida com regularidade pelo paciente. Para tanto, o ideal é fazer repouso prévio de cinco minutos, manter-se na posição sentada e com a bexiga vazia, pois a tensão do órgão pode provocar desconforto e aumentar a pressão.
O braço precisa ser posicionado na altura do coração e escorado em alguma superfície. Já o aparelho medidor deve ser inserido em um dedo — atenção: não o aperte nem o deixe muito solto. Outra recomendação é evitar falar durante a aferição. Para se certificar do nível pressórico, repita o procedimento cinco minutos depois.
A pressão alta não tem cura, mas pode — e deve — ser tratada. O tratamento varia conforme os níveis pressóricos de cada paciente e a presença ou associação a outras doenças. Em primeiro lugar, é importante destacar a necessidade de mudanças de hábitos, como a práticas de atividades físicas e uma alimentação saudável.
Aliás, as alterações no estilo de vida, por si só, muitas vezes são suficientes para manter o controle da pressão arterial. Porém, quando as mudanças na rotina não dão conta de estabilizar os níveis pressóricos, é preciso recorrer ao tratamento medicamentoso, o qual deve ser individualizado.
As classes de medicamentos utilizadas para tratar a hipertensão abrangem, por exemplo, os diuréticos. No entanto, para pacientes com diabetes, o médico poderá recomendar os inibidores de enzima de conversão de angiotensina. Quem tem a pressão alta demais pode tomar dois remédios, de acordo com prescrição médica — é claro.
Vale ressaltar que o tratamento da hipertensão arterial deve ser seguido à risca por toda a vida, ainda que os níveis pressóricos estejam controlados. A interrupção da medicação e o descuido com uma rotina saudável podem provocar a elevação súbita da pressão, resultando em risco de acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, doença renal crônica, entre outras complicações.
Caso você se preocupe com a sua saúde e deseja prevenir a pressão alta, fique de olho nas recomendações a seguir:
Agora, sim, você sabe quais são os sintomas de pressão alta e a importância de prestar atenção neles. No caso de sentir qualquer mal-estar ou incômodo persistente com frequência, não deixe de procurar o médico. Aliás, as consultas médicas regulares são primordiais para investigar se está tudo em ordem, evitar complicações de saúde e garantir a eficácia dos tratamentos.
Fonte: PartMed
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