Você sabia que nós somos a única espécie capaz de colaborar com gente de fora do nosso círculo social?
Diz a sabedoria popular que só podemos confiar em alguém depois de conviver tempo suficiente para consumir um saco inteiro de sal com essa pessoa. O hábito tem lá seu peso nesse processo, mas a neurociência tem uma outra versão para explicar como nosso cérebro decide confiar em alguém, aponta um artigo da Harvard Business Review.
O nosso cérebro tem dois mecanismos que nos permitem confiar nos outros e estabelecer relações de colaboração com indivíduos que não fazem parte do nosso grupo social –algo que apenas os humanos conseguem fazer.
O primeiro é usar algumas partes do córtex para nos “transportar” para a mente alheia e pensar no que faríamos se fôssemos a outra pessoa. Ao prever o comportamento de alguém, somos capazes de coordenar nosso comportamento com o do outro.
O segundo mecanismo é a empatia, nossa habilidade de compartilhar das emoções de outras pessoas. A empatia é potencializada quando o cérebro libera ocitocina, que tem dois efeitos: reduzir a ansiedade que sentimos quando estamos com outras pessoas e nos motivar a cooperar.
A oxitocina, por sua vez, regula a dopamina, que faz com que a gente se sinta bem quando nos conectamos com os outros –ou seja, nós evoluímos como espécie para gostar de trabalhar em conjunto.
Para confiar em alguém, portanto, o cérebro constrói um modelo de como é a outra pessoa –o que ela provavelmente pode fazer e por quê. Usando o córtex e a empatia, nos tornamos mais colaborativos e entramos em um jogo duplo de confiança, no qual nos perguntamos se devemos confiar em alguém e tentamos adivinhar o quanto essa pessoa confia em nós. E, por fim, a força do hábito ajuda a aumentar a confiança nos outros.
FONTE: Viva Longevidade
Fonte: Flowing[...]
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