Os vícios são como válvulas de escape para muitas pessoas, eles auxiliam a esquecer os problemas e más sensações nem que seja por um breve momento. O fato é que esse sentimento de paz, força e superação é superficial, o que causará sempre uma maior dependência conforme eles sentirem a necessidade de fugir da realidade.
Mas, em muitos casos – principalmente quando se trata das drogas legalizadas – em um determinado ponto da vida, eles aceitarão um tratamento ou procurarão abandonar o que lhe causou o vício, porém nem tudo será simples assim, pois sem notar a química assumiu o controle de sua vida e o contrário não é mais tão fácil de alcançar.
Eis que surge um papel importantíssimo de todas as pessoas próximas a este paciente: o de saber como ajudar alguém com vícios.
Há diversos tratamentos e remédios no mercado para controlar os impulsos, mas o essencial é a compreensão do paciente de seus limites e desejos. Ele precisa aprender a superar os períodos de abstinência química – seja ele de drogas legalizadas ou não – pois a medicação não será para o resto da vida, mas a luta sim.
Desta maneira, o acompanhamento de um profissional qualificado é essencial, e principalmente que todos os que são próximos entendam e façam parte desse universo de angústias, medo e incertezas.
Saber se expressar será muito importante, diga à pessoa querida que você se preocupa com ela, e que é muito importante que ela procure tratamento para esse mal que a definhará aos poucos. Se mostre atencioso e prestativo, compreendendo o seu lado e apoiando na caminhada.
Não importa que ela não queira te dar atenção, mas é bom que saiba que você se preocupa com seu bem-estar.
Saiba ouvir e respeitar. Não aceitar o ponto de vista é totalmente diferente de não entender. A melhor maneira de você encontrar pontos de apoio é entendendo o que realmente passa na cabeça do dependente. Não adianta ser grosseiro ou perder a paciência, por mais complicado e triste que seja essa situação, tenha certeza que no final de um tratamento adequado será muito gratificante.
É notável a alteração do comportamento de alguém viciado, quando se trata de drogas legalizadas ela nem fará questão de esconder, pois acha que está envolvido em algo normal e totalmente aceitável.
Não existe normalidade em excessos! Toda vez que seu amigo se sentir nervoso ou extremamente feliz não é justificável ele ter que fumar um cigarro por exemplo. O mesmo quanto ao álcool: “ah, mas ele só se interage e se solta quando bebe um pouco à mais”. Esse será o principal motivo para desenvolver um alcoolismo, portanto não seja complacente.
Não esqueça de incluir aqui também os casos de dependência de medicamentos – hipocondria. Essas pessoas necessitam de tratamento psicológico pois há razões muito além das aparentes para elas buscarem esse tipo de saída de seus problemas.
Possui um alto grau de importância um tratamento no começo de um vício, pois a partir do momento que ele começar a afetar a vida social: como perda de emprego, oportunidades, relacionamento, isolamento, afastamento de familiares e amigos, será muito mais difícil conseguir um controle sobre a situação, ou até mesmo convencê-lo de que esse não é o caminho certo.
Sendo assim, não tenha receio de ter uma conversa franca com quem é importante em sua vida.
Seja honesto e mostre que ela precisa de ajuda, talvez com a sua insistência ela irá realmente ceder e procurar reavaliar seus modos, podendo então constatar que realmente não está em seu normal.
A confiança é primordial, não desrespeite. Porque, a partir do momento que ela se afastar, será mais complicado mostrá-la a direção correta. Por conta dos direitos humanos, é da escolha do paciente se ele receberá ou não um tratamento. Portanto, a melhor forma é que ele entenda que realmente necessita.
Pergunte sempre como ela está, se está superando, o que tem feito de interessante, quais as dificuldades. Enfim, mostre empatia.
Recaídas são comuns em dependentes químicos, porque se trata de uma doença crônica, por isso é tão importante o tratamento e apoio psicológico. Não se sinta derrotado quando isso acontecer, demonstre confiança em uma nova superação, mas seja também direto na sua opinião.
O paciente precisa saber que ele tem com quem contar e que existem pessoas preocupadas com ele.
Quando a dependência fugir do controle e estiver causando danos tanto ao paciente quanto às pessoas que participam de sua vida, é inegável a necessidade de intervenção. No momento em que a vida dos envolvidos e da pessoa correr risco, por mais difícil – e aparentemente cruel – que seja, a melhor saída é à força.
Analise detalhadamente o suporte que ela precisará e as melhores opções, em caso de internação poderá ser uma experiência traumática, porque provavelmente será necessário mentir para levar a pessoa até o local e chegando lá, ela precisará compreender o motivo de estar ali e aceitar o tratamento.
Na maioria das vezes as famílias escrevem cartas para lerem mostrando o quanto estão abaladas com as mudanças drásticas que o dependente sofreu, e na ameaça que ele tem se tornado para todos. Desta forma, eles geralmente cedem não por amor a eles mesmos, mas aos entes queridos.
Todos os envolvidos mais próximos serão peças para que essa pessoa resgate a sua vida, portanto sejam receptivos, o ajude no que for preciso e principalmente: o encoraje a prosseguir, ele não deve sentir vergonha do que passou e sim se orgulhar de ter a força para recomeçar.
Todos farão parte de um grande processo de entendimento e evolução pessoal de um dependente. Esteja ele envolvido com drogas ilícitas ou legalizadas, todos precisarão de um suporte para os momentos de crise, onde buscarão o alívio na química.
Fonte: Texto retirado do Blog TelaVita!
Link: https://www.telavita.com.br/blog/ajudar-alguem-com-vicio/
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