• 6 março, 2021

Burnout: e a empresa com isso?

O termo Síndrome de Burnout foi criado na década de 1970 para designar um tipo específico de doença ocupacional. Muitas vezes chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional, ela existe há muito tempo e é estudada há décadas. Mesmo assim, apenas recentemente ganhou notoriedade.

Do inglês, Burnout significa algo como “queimar por completo”. E essa é a sensação de quem sofre da síndrome; que é marcada por uma quadro depressivo, com intensa fadiga mental, emocional e física causada pela vida profissional.

A recente atenção dada a essa complicação psicológica demonstra duas coisas: 1. existe um cenário pouco favorável para o bem-estar emocional dos trabalhadores dentro das empresas; 2. cada vez mais pessoas estão se atentando para esse agravamento da condição psicológica dos profissionais, o que traz o tema do Burnout à tona e gera debates sobre ele.

COMPREENDENDO A SÍNDROME DE BURNOUT

Burnout acontece por um acúmulo de pressões externas e internas que levam ao esgotamento profissional.

De um lado, a empresa incentiva a alta competitividade entre colaboradores, estabelece prazos curtos, passa grande quantidade de demandas e cria um ambiente onde não há boa comunicação entre as diferentes partes.

De outro, o funcionário se coloca numa situação de constante prova: ele passa a entender que seu valor como profissional e pessoa está constantemente à prova, que sua autoestima deve estar ligada à produtividade e que sua vida deve ser guiada e resumida ao trabalho.

Essa combinação leva a doenças ocupacionais

Diferentes complicações de saúde podem resultar desse cenário. Em seu caso mais extremo, atinge-se o Burnout. 

Ao chegar nesse ponto, a saúde emocional do trabalhador já está gravemente comprometida; já que se submeteu, por um período considerável de tempo, a uma dinâmica extremamente tóxica.

Nesses casos, desmaios súbitos e outras manifestações de cansaço e mal funcionamento do corpo podem ocorrer. Além disso, vários outros sintomas marcam a Síndrome do Esgotamento Profissional.

Sintomas do Burnout

Sinais de exaustão física e emocional:

  • Fadiga crônica;
  • Insônia;
  • Esquecimento e dificuldade de concentração;
  • Dores físicas;
  • Imunidade baixa;
  • Ansiedade;
  • Depressão.

Sinais de cinismo e desapego:

  • Perda de prazer; 
  • Pessimismo;
  • Isolamento.

Sinais de ineficácia e falta de realização

  • Sentimentos de apatia e desesperança;
  • Irritabilidade aumentada.

COMO A SÍNDROME DE BURNOUT AFETA A EMPRESA?

Quando as doenças ocupacionais chegam a uma empresa, isso significa que há muito a ser melhorado na maneira como as equipes são geridas.

Haver somente uma pessoa com a Síndrome do Esgotamento Profissional já quer dizer que existe um contexto extremo que afeta todas as pessoas. E já que essa teve Burnout, outras podem vir a desenvolvê-lo também. 

Com isso em mente, entendemos que a Síndrome de Burnout afeta a empresa em três principais quesitos: saúde empresarial; produtividade das equipes; reputação da marca.

Saúde empresarial

Uma organização é feita de pessoas. Logo, se seus funcionários estão com a saúde prejudicada, toda a empreitada sente e é prejudicada também.

A empresa começa a sofrer com problemas de organização, dificuldades financeiras, erros nas entregas – e a lista é longa. Dessa maneira, ao invés de uma empresa saudável que opera bem, encontra-se uma corporação desajustada.

Produtividade das equipes

Em geral, uma cultura focada na produtividade a qualquer custo está no cerne das razões porque alguém desenvolve Burnout. Ou seja, essa cultura tende a ter o efeito inverso nesses casos e compromete motivação e saúde.

Longe de estarem aproveitando de bons recursos, os profissionais produzem menos e mais vagarosamente. O cansaço, o estresse e a falta de organização se acumulam e fica difícil de contorná-los.

Reputação da marca

Uma empresa que leva seus colaboradores ao limite não receberá um bom “boca a boca” deles. Tanto entre si e, especialmente, com outros profissionais (por vezes até de concorrentes ou quem poderiam vir a ser consumidores) esses colaboradores vão falar mal da empresa – e, logo, da marca.

Com o tempo, essa reputação se espalha por várias pessoas e a marca fica com o estigma de ser uma péssima empregadora. 

COMO IDENTIFICAR SE HÁ PESSOAS COM BURNOUT?

A melhor maneira de saber se há ocorrência ou iminência de alguma doença ocupacional é pela observação e pelo diálogo.

Aqui, o departamento de RH pode ser fazer muito necessário, atuando junto de gestores. Já que são esses os profissionais que devem se manter atentos a possíveis sintomas e sinais (como os citados acima).

Além disso, é nessa posição de liderança do capital humano da empresa que se deve abrir portas para o diálogo. Funcionários cansados e insatisfeitos, que veem uma queda na qualidade de vida no trabalho, precisam se sentir confortáveis para comunicar as suas experiências.

ENCONTREI PESSOAS COM BURNOUT! E AGORA!?

Ao identificar que há alguém com a Síndrome de Burnout, é preciso agir rapidamente. Lembre-se: o comprometimento da saúde do seu funcionário já está alto nesse momento; e, além disso, outras pessoas devem estar com problemas similares e vendo queda na sua qualidade de vida no trabalho.

Conceda uma licença

Não espere que a recuperação do seu colaborador se dará enquanto ele trabalha. Assim como quando um trabalhador apresenta qualquer outra doença ocupacional, é preciso dar uma licença médica. 

Facilite o acesso a tratamentos

A empresa possui grande responsabilidade no desenvolvimento da Síndrome do Esgotamento Profissional. Por conta disso, ela deve ajudar no seu tratamento. Seja cobrindo possíveis despesas, seja oferecendo contato com especialistas em saúde emocional.

Converse e escute

Ouça com atenção e carinho o que o funcionário tem a dizer. Dê todo o espaço para ele se expressar. Permitir que ele se posicione pode ajudar na sua recuperação; bem como ajuda a identificar como a situação se desenvolveu.

Entre em contato com pessoas envolvidas

Toda pessoa que trabalha diretamente com o colaborador em questão deve ser ouvido e comunicado também. Nessas conversas, também já será possível passar feedbacks para profissionais que possam fazer parte dos agentes de aumento de ansiedade e estresse.

Promova mudanças drásticas

Reveja valores da empresa, objetivos e metas. Promova reorganizações de fluxos e mude prazos. Instaure uma cultura de intolerância com assédios e proponha dinâmicas para aumentar trabalho em equipe e diminuir a competitividade.

É POSSÍVEL EVITAR O BURNOUT?

Mais do que possível, é necessário! Deve ser papel da gestão de pessoas garantir o bem-estar de todos e evitar que qualquer pessoa sofra de Burnout. Para saber como prevenir essa situação, veja as dicas a seguir.

Saúde emocional como pilar empresarial

É preciso que a manutenção da saúde emocional de todos os stakeholders seja um dos valores da corporação. Ter essa base ajudará no desenvolvimento de ações e na consolidação de planos de grande relevância.

Sem acúmulo de tarefas

Cada colaborador precisa ter clareza de quais são as suas funções. Mais do que isso, ninguém deve receber trabalho em excesso. Deve-se ter em mente nunca dar trabalho de duas ou mais pessoas para somente uma.

Prazos vêm do diálogo

Em vez de somente passar prazos apertados, monte agendas ao lado dos profissionais. Assim, após um planejamento feito com cuidado e possíveis negociações, todos ficam por dentro das datas – que são mais realistas, produtivas e saudáveis.

Trabalho em equipe

Incentive ao máximo o trabalho em equipe. Isso ajuda tanto a desafogar funcionários, como dá um senso de união. Metas em comum e projetos interdisciplinares trazem bons resultados para a empresa, sem aumentar as ansiedades dos colaboradores. 

Remuneração adequada

Muitas vezes, a Síndrome do Esgotamento Profissional acontece por conta de jornadas duplas. Evite que isso ocorra com salários que façam jus ao trabalho dos funcionários. Dessa maneira, a chance de procurarem freelas para complementar a renda caem.

Dê feedbacks

Todas as equipes precisam se sentir amparadas. Logo, dar feedbacks, comemorando o que foi bem feito e orientando o que precisa melhorar, é parte desse processo. Esse bem-estar tira a sensação de “ter que se provar a qualquer custo” que tende a levar ao Burnout.

Vida fora do trabalho

Permita que todo trabalhador tenha tempo e energia para sua vida fora do trabalho. Assim, ele pode: estudar; passar tempo com família e amigos; viajar; investir em seu próprio projeto; cuidar da saúde; e se desenvolver como pessoa.

Conceda benefícios

Bons benefícios corporativos ajudam a cuidar do bem-estar de todos. De vale-cultura a plano de saúde, tudo é muito bem-vindo. Além disso, benefícios de saúde emocional, como do Zenklub, fazem toda a diferença!

COMO O ZENKLUB AJUDA NA PREVENÇÃO E REMEDIAÇÃO DA SÍNDROME DE BURNOUT?

O Zenklub é uma solução completa para o cuidado da saúde emocional dos colaboradores (do app ao podcast); além de oferecer apoio ao RH e à gestão. Levando em conta que o bem-estar mental e a saúde emocional têm se tornado grandes preocupações de profissionais e de empresas mais comprometidas, o Zenklub passa a ser um parceiro perfeito para evitar e remediar doenças ocupacionais. Veja o que oferecemos:

  • Facilite o acesso dos seus colaboradores a tratamentos com especialistas em saúde emocional (psicólogos, coaches, terapeutas e psicanalistas – ver mais);
  • Ofereça acesso completo a nossa biblioteca de conteúdos no app, que abordam qualidade de vida, bem-estar, liderança, desempenho e relações interpessoais;
  • Receba relatórios de mapa emocional das equipes, entendendo quais são as principais necessidades de cada setor;
  • Promova palestras, encontros, treinamentos e lives com nosso apoio e participação de um de nossos especialistas;
  • Tenha todo o comprometimento da nossa equipe de suporte para desenvolver o mais completo projeto para a sua empresa.

Para nós, o bem-estar e a felicidade vêm sempre em primeiro lugar, entendendo que saúde emocional é a base para combater o Burnout. Leve essas mesmas preocupações para sua empresa também e transporte seu trabalho de RH e gerenciamento para o século XXI.

FONTE: Zenklub

Fonte: Flowing