• 6 janeiro, 2021

Afinal, o que é mindfulness e quais são seus benefícios?

Antes de mais nada, mindfulness (ou atenção plena) é um dos estados naturais de nossa mente, ou seja, já temos essa capacidade desde nosso nascimento, mas infelizmente a desenvolvemos pouco ao longo da vida.

Dentro dos estados possíveis de nossa mente, mindfulness seria aquele no qual estamos plenamente focados ou conectados no que estamos fazendo, vivenciando ou sentindo naquele momento.

Para que seja possível essa conexão mais plena com a experiência, além de estarmos atentos (pré-requisito), necessitamos estar ao mesmo tempo numa atitude mental específica, que implica em sair de outro modo habitual da nossa mente, que é o de emitir juízos prévios de valor (ou seja, imediatamente pré-julgamos ou criticamos a experiência com base em experiências prévias, como se já “a conhecêssemos”, o que nos impede de olhar a realidade como ela é).

Nesse sentido, o estado de mindfulness seria então como um como um antídoto a viver no “modo” desatento e reativo (muitas vezes chamamos de modo “piloto automático”), que é a tendência da mente em aproximadamente 47% do tempo segundo as pesquisas mais recentes, e que nos leva a reagir sem consciência às situações do dia a dia.

Assim, ao acessarmos o estado de atenção plena, nós temos a possibilidade de reconhecer nossos estados internos (sensações corporais, emoções, pensamentos e impulsos), o que é fundamental frente aos fatores de estresse do cotidiano, e, a partir daí, podemos ter escolhas mais conscientes em nossas atividades e relações interpessoais.

Outro aspecto de mindfulness, é que para treinarmos esse estado mental temos várias técnicas (chamamos de práticas de mindfulness), que podemos classificar em práticas “formais” e “informais”.

A meditação é a prática “formal” (ou seja, uma técnica estruturada) mais utilizada para se treinar o estado mental de mindfulness. Nem todos os tipos de meditação são usados para se treinar mindfulness, apenas aqueles que usam exercícios atencionais (treinamento da atenção).

A palavra “meditação” é como a palavra “esporte”, ou seja, temos que definir a “modalidade” ou a técnica que estamos praticando ou usando. No caso de mindfulness, a prática formal (técnica meditativa) mais clássica e conhecida é aquela na qual usamos a própria respiração para o treino da atenção plena (chamamos de “mindfulness da respiração” – conheça aqui).

Em relação à prática de mindfulness, a intenção é que ela seja regular e mantida ao longo da vida, assim como a atividade física, o que implica em uma certa disciplina para iniciá-la e mantê-la (15 a 20 minutos diários, em média, são suficientes para colhermos benefícios positivos relevantes).

Já as técnicas ou práticas “informais” são aquelas nas quais usamos intencionalmente o estado de mindfulness nas atividades do dia a dia, como por exemplo, estar “presente e atento” durante as refeições, ou seja, comer com atenção plena.

Dessa maneira, por meio das práticas “informais” podemos aumentar nossos níveis de mindfulness mesmo sem usando uma técnica específica de meditação.

Por isso que dizemos que mindfulness não significa “meditação”, pois é um estado da nossa mente que podemos acessar sempre que quisermos. A meditação (algumas delas) nos ajuda a treinar esse estado, mas o mais importante é levá-lo para o dia a dia, para assim colhermos todos os seus benefícios.

FONTE: Mindfulness Brasil

Fonte: Flowing