• 8 dezembro, 2020

A lua pode influenciar nossas vidas? Saiba o que dizem as crenças e a ciência sobre o assunto

A crença na influência da Lua sobre o comportamento e saúde humanas é antiga e difundida desde o folclore e medicina antigos até relatos contemporâneos, como, por exemplo, o aumento de crimes violentos durante a lua cheia. 

Alguns objetos antigos já provaram esta crença, como, por exemplo, uma tábua mesopotâmica de 172 a.C. que descreve como evitar os efeitos malignos de um eclipse lunar, que acreditava-se ameaçar a vida do rei.

Em contraste, na Grécia e na Roma antigas, as meninas recebiam amuletos em forma de meia-lua no dia do aniversário para protegê-las dos espíritos malignos. As mulheres também os usavam para melhorar a fertilidade e para proteção durante o parto.

A lua pode influenciar nossa saúde, humor, ciclo menstrual e sono?

Embora a ideia de que o ciclo lunar possa influenciar o nosso comportamento tenha sido bastante disseminada na antiguidade por filósofos e médicos, ela foi descartada pela medicina moderna, mas permanece gerando enigmas e é motivo de estudos científicos. 

Um estudo realizado em 2013 com 33 voluntários descobriu que, durante a lua cheia, os voluntários demoravam em média cinco minutos a mais para adormecer e passaram 30% menos tempo em sono profundo. No entanto, após a publicação do estudo, dois outros experimentos não conseguiram reproduzir os resultados.

Existe uma associação persistente entre a Lua e o ciclo menstrual da mulher. Um dos motivos é que, etimologicamente a palavra grega Lua – ‘mene’ – e a palavra latina para mês – ‘mensis’ – fornecem a raiz para o termo ‘menstruação’.

Em 1708, o médico Richard Mead , inspirando-se nas teorias de Isaac Newton, propôs a teoria de que a atração gravitacional da Lua afetava os fluidos dentro do corpo humano, resultando em alterações nos ciclos menstruais, bem como agravando condições como epilepsia e cálculos renais. 

Em relação à influência da Lua Cheia sobre os comportamentos humanos, a palavra “lunático” resume bem essa associação. O historiador John J. Johnston escreveu em seu livro ‘The Moon’ que “por milênios, há uma crença generalizada na associação entre a Lua Cheia e os extremos de comportamento ligados à doença mental”. 

O autor associou a ideia de Aristóteles sobre a influência das fases lunares sobre os nossos líquidos cerebrais e concluiu que essas teorias sobre as “marés” da mente resultaram em uma Lua Cheia associada a comportamento violento, convulsões e doenças mentais.

Fonte: Bons Fluídos 25/06/20

Fonte: Flowing