• 4 junho, 2020

6 tendências para um mundo pós-pandemia

Especialistas analisam o que pode mudar nos nossos hábitos de consumo, no lazer e no trabalho


A rotina de muita gente deu uma boa virada desde o início da pandemia de Covid-19. O distanciamento físico, o home office e o lazer em casa são algumas das mudanças que muita gente já percebeu.

Mas vêm outras por aí: de acordo com especialistas, um mundo diferente vai emergir quando o novo coronavírus for superado. Para ter uma ideia de como ele será, o El País consultou futuristas, cientistas e outros pesquisadores para traçar sete tendências para um mundo pós-pandemia.

Espírito de grupo

Os desafios do combate à pandemia fizeram muitas pessoas trabalharem juntas pela sobrevivência da coletividade e para proteger as pessoas mais vulneráveis, como idosos e desempregados.

“As crises obrigam as comunidades a se unir e trabalhar mais como equipes, seja nos bairros, entre funcionários de empresas. Isso pode afetar os valores daqueles que vivem nesse período, assim como ocorre com as gerações que viveram guerras”, afirma Pete Lunn, chefe da unidade de pesquisa comportamental do Trinity College Dublin, na Irlanda.

Segundo especialistas, fazer as coisas à distância deve se tornar um hábito mais corriqueiro quando a pandemia de Covid-19 passar
Segundo especialistas, fazer as coisas à distância deve se tornar um hábito mais corriqueiro quando a pandemia de Covid-19 passar

Consumo racional

A experiência de ficar em casa ou de perder renda fez muita gente rever seus hábitos de consumo. “Consumir por consumir saiu de ‘moda’. Faz-se necessário repensar a sociedade do consumo e refletir o que é essencial”, afirma Sabina Deweik, pesquisadora de comportamento e tendências.

Um mundo pós-pandemia tem boas chances de ver as pessoas economizarem mais dinheiro revendo seus hábitos de consumo. Para o Copenhagen Institute for Futures Studies, a ideia de “menos é mais” vai guiar os consumidores.

Cuidado com aglomeração

Quando a quarentena for suspensa, as pessoas ainda deverão se sentir receosas em frequentar lugares públicos, especialmente os fechados, onde haja aglomeração. Isso pode afetar o funcionamento de bares, restaurantes, academias e até de espaços de coworking. Muita gente vai preferir ficar em casa e receber comida e outras compras de serviços de entrega.

Imersão no lazer

Durante a quarentena, muita gente adotou um novo hábito: o de conhecer museus, zoológicos, belezas naturais — e até ver shows — pelo computador. Esse comportamento pode evoluir para fomentar as experiências culturais imersivas, que usam a tecnologia para conectar o mundo físico com a realidade virtual.

A realidade aumentada, os assistentes virtuais e as máquinas inteligentes passarão, portanto, a ser mais usados em atividades culturais e de lazer. Segundo o estudo Hype Cycle, da consultoria Gartner, as experiências imersivas são uma das três fortes tendências tecnológicas que podem se consolidar depois da pandemia.

Trabalho remoto

Profissionais liberais e free-lancers já estavam acostumados ao home office. Por causa da quarentena, muitas empresas tiveram de se organizar para trabalhar neste modelo — e ganharam tempo para avaliar se ele realmente traz ganhos de produtividade.

Por isso o trabalho remoto continuará em discussão como uma alternativa para cortar gastos e evitar aglomerações em ambientes fechados (não só no escritório mas também no transporte público).

Mentor virtual

Sem poder sair de casa para fazer ou terminar um curso já iniciado, muita gente teve contato com a educação à distância ao longo da quarentena. Essa experiência pode servir não só para as pessoas se familiarizarem com essa modalidade de ensino mas também para instituições avaliarem a possibilidade de colocar mais de seus cursos e eventos online. Nesse contexto, uma nova figura pode entrar em cena: o mentor virtual, aponta a consultoria Trend Watching.

FONTE: Viva a Longevidade

Fonte: Flowing