• 15 agosto, 2019

5 dicas para mudar a dieta e poupar o ambiente

Comer menos carne vermelha é uma das maneiras de reduzir nosso impacto ambiental

O último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) fez um alerta sobre a necessidade de mudarmos urgentemente nossos hábitos para reduzir o impacto ambiental sobre o planeta, como falamos aqui.

Afinal, o aquecimento global representa um grande risco para a agropecuária –que, por sua vez, é responsável por 23% das emissões de gases do efeito estufa, aponta um artigo do El País.

Usar mais vegetais e grãos na cozinha reduz bastante nosso impacto sobre o ambiente Usar mais vegetais e grãos na cozinha reduz bastante nosso impacto sobre o ambiente

A mudança climática já está impactando a segurança alimentar, alterando os padrões de chuvas e aumentando a frequência e a intensidade de fenômenos extremos que causam danos às lavouras. Mas esse quadro pode começar a ser revertido se tivermos dietas mais equilibradas, aponta o IPCC.

Isso significa comer mais cereais, grãos, frutas e verduras e alimentos de origem animal que sejam produzidos de maneira sustentável, ou seja, com baixa emissão de poluentes no processo.

Para Johnathan Foley, diretor do Project Drawdown, que reúne pesquisadores que trabalham com soluções para a mudança climática, se fizermos pequenas mudanças cotidianas, especialmente na alimentação, podemos aliviar bastante nosso impacto ambiental. “Escolhas mais inteligentes no cultivo e no consumo, sem desperdício, são soluções para esses problemas”, diz.

O NBC News Better traz algumas dicas de como podemos mudar nossa alimentação para reduzir esse impacto –confira a seguir.

Coma menos carne

Existem dois problemas na criação de gado de corte: um é que o gado alimentado com grãos em vez de pasto, produz mais gases, como o metano, que causa o efeito estufa. Além disso, animais desse porte consomem grandes quantidades de água e comida durante sua vida, pressionando ainda mais o ambiente. Uma dieta com menos carne pode reduzir em até 8 giga toneladas a emissão de dióxido de carbono por ano, segundo o IPCC. Mas não precisa cortar a carne do cardápio: cortar a quantidade consumida em 25% (ou até pela metade) já reduz o impacto ambiental, afirma Sharon Palmer, especialista em nutrição e sustentabilidade, que propõe uma dieta em que 75% do prato seja composto por vegetais e 25% por alimentos de origem animal.

Faça um dia vegetariano

Uma boa maneira de reduzir o consumo de carne é dedicar um dia da semana para fazer apenas refeições vegetarianas. “Veja se você gosta, e talvez você perceba que não é tão difícil assim: pode ser interessante e divertido”, diz Palmer.

Siga os gregos

A boa e velha Dieta do Mediterrâneo é uma maneira saudável de comer menos carne vermelha ao substituí-la por peixe, que causa um impacto ambiental menor e é bom para o coração. Essa alimentação é bem centrada no consumo de vegetais, grãos integrais, frutas, castanhas, iogurte e queijo, aponta Palmer.

Capriche na leguminosa

Feijão, lentilha e grão de bico são boas alternativas à carne vermelha, pois são boas fontes de fibra e de proteína. “Plantar esses alimentos fertiliza o solo e reduz a necessidade de usar fertilizantes que podem contaminar a água”, diz Palmer.

Privilegie o local

Quando for possível, tente comprar alimentos que são produzidos perto de onde você mora. Afinal, comidas processadas têm um impacto maior sobre o ambiente por causa de operações como a colheita, o processamento e o transporte em longas distâncias.

Fonte: Viva a Longevidade

Fonte: Flowing