Você sabia que existem diversos tipos de terapia? Cada um deles com diferentes abordagens que podem funcionar de formas diferentes para cada paciente.
Apesar de ainda ser muito cercada por tabus e preconceitos, felizmente a psicoterapia tem sido cada dia mais aceita e procurada pelas pessoas.
Ela é uma importante ferramenta para promover autoconhecimento e tratamento de problemas mentais.
De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), cerca de 59% dos seus associados tiveram um aumento de até 25% no número de consultas em 2020, após o início da pandemia.
Além disso, 69,3% dos profissionais voltaram a fazer o atendimento de pacientes que já haviam tido alta e 82,9% perceberam a piora nos sintomas de pacientes que ainda estão em fase de tratamento.
Neste artigo vamos explorar os tipos de terapias, como funcionam e quando são indicadas.
A psicoterapia é uma maneira de ajudar as pessoas a lidarem com problemas psicológicos ou dificuldades emocionais. Ela é o caminho para o tratamento de doenças mentais como:
E é exatamente por conta da ampla gama de situações em que a psicoterapia pode ser usada, foram criadas diversas abordagens. A seguir veremos mais detalhes sobre elas.
A psicanálise é considerada a primeira escola de psicoterapia, tendo como grande precursor o médico neurologista e psiquiatra Sigmund Freud, no final do século XIX.
O trabalho do terapeuta é ajudar o paciente a resgatar conteúdos do inconsciente, indo desde os que aparecem em sonhos até os que nunca foram acessados.
Esse tipo de terapia tem como base a ideia de que a partir do contato com o seu inconsciente, o paciente possa passar a entender e lidar com as dificuldades da vivência no presente.
É também na psicanálise que são trabalhadas as pulsões humanas, que é a energia mental que auxilia a estruturar os aparelhos psíquicos analisados por Freud: o id, ego e superego.
A técnica utilizada é a de associação livre. Ela conduz o indivíduo a verbalizar livremente todos os pensamentos que permeiam a mente do paciente, independente do teor do discurso.
O precursor desse tipo de terapia é o psiquiatra estadunidense Aaron Beck, tendo como origem a terapia cognitiva ou behaviorismo.
O estudioso, a partir de testes com base nas hipóteses de Freud sobre a depressão, notou que a cognição (ligada aos pensamentos e a forma de perceber o mundo) está relacionada aos processos de adoecimento mental.
A linha terapêutica desenvolvida por Carl Gustav Jung atua investigando os sonhos como uma espécie de personificação do inconsciente. E diferente da associação livre, a análise junguiana investe na técnica da imaginação ativa.
Nela o paciente aprende a libertar suas fantasias e conhecer demais personagens que convivem em sua mente.
A Terapia Analítico-Comportamental é um tipo de terapia baseada nos princípios do Behaviorismo Radical e da Análise Experimental do Comportamento.
Nessa vertente o terapeuta investiga o comportamento do paciente frente a diversos contextos, define metas e intervenções. O objetivo é que os padrões de comportamento se tornem mais positivos e funcionais.
Esse método terapêutico está alinhado aos desafios da contemporaneidade, estresse diário e a cobrança resultando do nosso estilo de vida.
Ela tem tido grande aceitação entre os pacientes.
A Gestalt-terapia foi desenvolvida na década de 1940 pelos teóricos Fritz Perls, Laura Perls e Paul Goodman. O seu objetivo é auxiliar o indivíduo na criação de uma maior consciência, pondo em evidência aspectos de si mesmo que ainda estão ocultos.
Dessa forma, ela promove a aceitação da vivência e da experiência que é estar no mundo.
A terapia lacaniana tem como base a linguagem e o tempo do inconsciente. O terapeuta busca ao máximo não fazer interrupções na fala do paciente para que não influencie no que o inconsciente do paciente quer falar.
As abordagens e tipos de terapia foram desenvolvidas ao longo do tempo e da evolução da psicologia e psiquiatria, carregando consigo conceitos e ferramentas.
Dessa forma, não é possível dizer que existe uma linha mais ou menos efetiva. Todas visam auxiliar o paciente na lida com suas questões e variam de acordo com aquilo que vai ser tratado.
A escolha da abordagem terapêutica deve ser feita em conjunto pelo profissional e pelo paciente. Assim, é possível deixar o tratamento mais confortável e efetivo.
Independente do tipo de terapia escolhido, é importante que o paciente esteja aberto a investir tempo e dedicação no processo de cura.
As diferentes abordagens podem fazer mais sentido para determinados tipos de problemas, necessidades do paciente, etc. Por isso, é importante avaliar bem antes de dar início ao tratamento.
Fonte: texto retirado do blof Psitto
Link: https://www.psitto.com.br/blog/tipos-terapia/