Você já ouviu falar sobre a escrita terapêutica? Não? Pois saiba que essa é uma prática extremamente benéfica para a mente e para o cuidado com as emoções.
Sim, essa técnica funciona para se expressar e também para trabalhar o autoconhecimento.
Logo, é uma potente ferramenta para a manutenção da saúde mental, sobretudo em tempos tão difíceis.
Neste artigo, você vai descobrir exatamente o que é a escrita terapêutica, seus benefícios e dicas para colocá-la em prática. Boa leitura!
A escrita terapêutica é o ato de escrever de forma livre sobre suas emoções e pensamentos. Não por acaso, ela também é conhecida como escrita livre ou escrita emocional.
Nessa técnica, você escreve para si próprio, colocando no papel tudo aquilo que passa na sua mente (seja traumas, medos, dúvidas sobre o futuro, etc.), sem regras gramaticais ou ortográficas e sem seguir qualquer estrutura, diferentemente de outros tipos de escritas.
Assim, com a prática da escrita terapêutica, é possível esvaziar a mente, se conhecer melhor, liberar as emoções, resolver alguns problemas, refletir sobre a vida, entender alguns padrões de comportamento e pensamento e muito mais.
Como já deu para perceber, a escrita terapêutica contribui enormemente para a saúde mental de quem a pratica. Mas para ficar ainda mais claro, listamos alguns de seus benefícios diretos a seguir:
Não há um momento específico para que a escrita terapêutica seja realizada. Inclusive, adotá-la como um hábito diário faz muito bem para evitar problemas na saúde mental.
No entanto, existem alguns momentos da vida em que essa prática se torna necessária, como uma ferramenta de cura para questões emocionais e psicológicas.
Sendo assim, desenvolva a escrita criativa quando sentir:
Entretanto, reforçamos: a escrita terapêutica pode ser realizada a qualquer momento, mesmo quando você estiver se sentindo bem.
Se interessou pela escrita terapêutica e percebeu como ela pode contribuir para o seu bem-estar? Então veja algumas dicas que trouxemos para que você colha os benefícios dessa prática o quanto antes.
1. Tenha um caderno específico para a escrita terapêutica
Apesar de ser possível praticar a escrita terapêutica em qualquer papel (ou até mesmo no celular ou computador), vale muito a pena investir em um caderno.
Isso porque você pode tê-lo como um diário para que, no futuro, possa revisitá-lo e perceber as suas mudanças com o passar do tempo.
Além disso, a escrita em um papel ao invés dos dispositivos eletrônicos ajuda a criar uma conexão maior consigo mesmo e com a proposta da técnica, bem como te incentiva a redescobrir o prazer do manuscrito, algo perdido na era tecnológica.
2. Prefira um ambiente tranquilo e acolhedor
O ambiente influencia muito nesse processo de terapia por meio da escrita. Afinal, um lugar barulhento não te inspirará a escrever.
Sendo assim, dê preferência a um ambiente tranquilo e acolhedor, onde você se sinta em paz para deixar fluir os seus pensamentos. Além disso, o local deve ser reservado para evitar que alguém te interrompa.
E aqui vai uma dica extra: para algumas pessoas, a manhã é o período de maior inspiração; enquanto que, para outras, o fim do dia se apresenta como mais inspirador.
Portanto, identifique qual período funciona melhor para você praticar a escrita.
3. Mantenha uma constância, mas não se cobre
É muito importante que você tenha uma constância na prática da escrita terapêutica. Isso significa que o ideal é que você adote-a como um hábito diário para não perder o ritmo e para ver os seus resultados.
Entretanto, é muito importante que você não se cobre nos dias em que se sentir bloqueado ou sem vontade para escrever.
Afinal, a escrita não deve se tornar um peso ou uma obrigação para você. Pelo contrário! A atividade deve ser prazerosa.
Nesse sentido, para encontrar o equilíbrio entre a constância e o respeito aos seus limites, uma boa dica é: nos dias em que você estiver sem ânimo para a escrita, escreva uma pequena frase ou reflexão sobre o seu dia.
Isso já é o suficiente para você não deixar de praticar a escrita terapêutica, mas respeitando os seus limites e os seus próprios sentimentos.
4. Escreva como se estivesse desabafando com um amigo
A fim de dar vazão às emoções de forma que você realmente se sinta aliviado, é importante escrever como se estivesse desabafando com um amigo.
Sim, escreva da forma como você falaria com um amigo, de forma informal e sem entraves. Afinal, a escrita terapêutica não exige que você siga regras gramaticais e nem precisa ter um começo, meio e fim.
O mais importante é a sua expressão, independentemente da forma como ela aconteça.
5. Fale sobre o dia a dia
Nos dias em que estiver tudo bem e que você considerar que não tem nada para escrever, fale sobre o seu dia.
Por mais que aparentemente o seu dia tenha sido sem grandes emoções, falar e escrever sobre os detalhes dele também ajuda a alcançar todos os benefícios que listamos aqui e manter o hábito diário da prática.
6. Faça cartas
Um bom formato para praticar a escrita terapêutica é por meio de cartas. Você tanto pode escrever cartas para você mesmo como para uma outra pessoa que te magoou, por exemplo.
Nesse último caso, a carta não será entregue. Pode ser engavetada ou até mesmo rasgada depois. No entanto, é uma excelente forma de aliviar os seus pensamentos e sentimentos e acalmá-los antes de ter uma conversa direta com essa pessoa que pode terminar em briga.
7. Faça listas
Além das cartas, você também pode fazer listas para praticar a escrita terapêutica.
Inclusive, esse é um formato ideal para quem tem dificuldade para escrever textos em prosa.
Nessa lista, você pode pontuar as suas emoções daquele dia para, assim, conseguir visualizar o que desencadeou cada uma delas.
Dessa forma, torna-se possível desenvolver o autoconhecimento e o autocontrole quando eventos similares acontecerem.
Seguindo todas essas dicas e mantendo o hábito da escrita terapêutica diariamente, você perceberá uma grande diferença na sua qualidade de vida, na sua saúde mental e no seu bem-estar.
Portanto, não deixe de praticar!
Fonte: texto retirado do blog Psicólogos Berrini
Link: https://www.psicologosberrini.com.br/blog/escrita-terapeutica-o-que-e/