Dor, cansaço extremo e lesões frequentes podem ser sinal de desequilíbrio muscular. Saiba como perceber, tratar e prevenir o problema lendo este artigo até o final!
Ter um braço maior que o outro ou uma perna mais forte do que a outra são exemplos clássicos de o que é desequilíbrio muscular, uma condição representada pela diferença de força e flexibilidade entre dois ou mais músculos de uma mesma articulação.
É verdade que todo mundo tem um lado do corpo dominante e outro não dominante, e que pessoas destras, por exemplo, tendem a usar e fortalecer mais o lado direito do corpo, enquanto uma canhota faz o oposto.
Até aí tudo bem! O problema aparece quando as discrepâncias de tamanho, força e maleabilidade são tão grandes que o paciente começa a fazer movimentos compensatórios, sobrecarregando e tensionando alguns músculos.
O resultado dessa tentativa involuntária de encontrar um equilíbrio são dores constantes e, a longo prazo, lesões musculares mais graves, portanto, a melhor estratégia é identificar o problema o quanto antes e começar a administrá-lo.
Siga neste artigo e descubra como fazer isso!
Exercícios mal executados por falta de acompanhamento de um instrutor físico ou personal trainer, sobrecargas, sedentarismo e postura incorreta estão dentre os principais causadores de assimetria ou desequilíbrio muscular.
Se você trabalha muito tempo sentado com a coluna curvada na frente do computador, por exemplo, os ossos da sua coluna acabam ficando mal posicionados. Isso tende a deixar os músculos mais curtos e tensos.
Quem nunca sentiu as costas repuxarem mais de um lado do que do outro depois de um longo dia de reuniões?
A diferença de força ainda pode acontecer quando o treino na academia ou algum outro exercício físico é feito de forma errada ou focado apenas em poucos grupos musculares – sem trabalhar outros.
Sabe aquela pessoa que malha braço todos os dias, mas sempre pula o treino de fortalecimento das pernas? Então…
Outro exemplo muito comum que resulta na falta de equilíbrio muscular são as lesões, afinal, quando alguém se machuca, é comum precisar de repouso ou mesmo recuperação da região afetada, com ajuda de fisioterapia e outros tratamentos, por isso, a compensação pode ser maior em outros músculos do corpo, levando ao desequilíbrio.
Alterações hormonais também podem contribuir para o desbalanceamento.
Uma mulher grávida produz mais hormônio relaxina nos estágios finais da gestação porque ele deixa a musculatura mais flexível e prepara o corpo para o trabalho de parto. Quando somado à mudança postural e ao ganho de peso da gestação, esse fator acaba sobrecarregando alguns músculos e enfraquecendo outros.
Resumindo: todo mundo tem alguma chance de desenvolver assimetria. A questão é saber até que ponto ela é inofensiva à saúde.
Um pequeno desequilíbrio muscular é comum e não costuma causar grandes complicações, e especialistas afirmam que uma diferença de até 15% na comparação entre o tamanho de dois músculos ou grupos musculares é normal.
Agora, se você perceber sua postura muito alterada, um ombro bastante caído em relação ao outro, ou sentir dor ou desconforto constantes em uma parte específica do corpo, a recomendação é procurar um médico e averiguar a situação.
O mesmo vale para impossibilidade ou dificuldade de fazer movimentos simétricos, como levantar pesos iguais com os dois braços.
Existe apenas uma maneira correta de identificar a condição: fazendo o chamado teste de desequilíbrio muscular. Muitas pessoas tentam avaliar o problema apenas analisando o corpo do paciente, como em um exame visual, mas isso não funciona.
O “olhômetro” não é suficiente para saber se existe ou não diferença entre o tamanho e a força dos músculos, e apostar nele pode levar a erros e más interpretações, como a identificação tardia de novas assimetrias.
Confiar apenas na percepção visual também é ineficaz porque nem todo desequilíbrio muscular é tão significativo que possa ser visto a “olho nu”.
Um braço que é 18% maior do que outro configura assimetria, mas essa diferença só se percebe com testes a partir de equipamentos apropriados, como dinamômetros isocinéticos e dinamômetros isométricos.
Os nomes das avaliações podem parecer complicados, mas fique tranquilo(a) que a explicação é simples!
O dinamômetro isocinético é um equipamento usado para medir a força do músculo enquanto ele se movimenta em um ritmo constante e controlado. Utilizá-lo em um teste ajuda a entender como a musculatura está funcionando durante o exercício.
Um atleta que está se recuperando de um estiramento no joelho, por exemplo, precisa avaliar a força muscular durante o movimento de flexão e extensão.
O responsável pela execução do teste costuma ser um fisioterapeuta, que usa o dinamômetro isocinético para medir a força do paciente em diferentes ângulos e velocidades, ajudando a determinar a evolução da recuperação e ajustando o tratamento conforme a necessidade específica daquele esportista.
O dinamômetro isométrico também mede a força dos músculos, mas com eles parados. Esse equipamento mostra o quanto de força um músculo pode produzir em um ponto fixo e sem fazer movimentos completos.
Quer saber o quanto você consegue segurar firme algo com as mãos? O dinamômetro isométrico é ideal para esse caso, porque garante uma leitura precisa da força muscular estática.
Ele costuma funcionar como uma avaliação muito útil para casos de artrite, exames médicos para tirar ou renovar a carteira de motorista e para determinar o progresso em sessões de fisioterapia ou fortalecimento.
Só que, antes de qualquer teste, o ideal é avaliar sinais do desequilíbrio.
Dor ou desconforto em uma área específica do corpo – costas, ombros, joelhos ou pescoço, dentre outras – é um dos primeiros sintomas que aparecem quando a assimetria muscular está presente no corpo de um ser humano.
Sensação de cansaço ou fadiga excessiva depois de atividades simples do dia a dia e/ou dificuldade em executar movimentos simétricos, como levantar sacolas de pesos iguais com os dois braços, também podem ser sinais.
A marcha alterada é outra característica de quem está forçando mais um lado do corpo do que o outro e deve ser tratada com atenção por ser um dos principais sintomas de encurtamento muscular da perna.
Além de tudo isso, preocupe-se com:
Percebeu algum desses alertas? Não se preocupe! É super possível tratar o desequilíbrio e encurtamento muscular.
A boa notícia é que sim, a atrofia dos músculos pode ser tratada com acompanhamento de um fisioterapeuta, exercícios de alongamento, liberação miofascial e mobilizações articulares que ajudam no relaxamento da musculatura e na correção de desalinhamentos posturais.
Se você nunca ouviu falar dessas duas últimas técnicas com nomes mais difíceis, calma que não tem segredo!
Liberação miofascial para encurtamento muscular
A liberação miofascial é uma técnica manual suave usada por profissionais de fisioterapia e educadores físicos capacitados com o objetivo de aplicar pressão em pontos específicos do corpo do paciente, buscando relaxar os músculos e a fáscia – uma rede de tecido fibroso que envolve e conecta os músculos, nervos e órgãos.
Essa prática terapêutica ajuda a diminuir dores, melhorar a flexibilidade e a mobilidade, proporcionando sensação de alívio e bem-estar, desde que feita apenas por especialistas.
Mobilização para encurtamento muscular
Na mobilização, o fisioterapeuta faz movimentos suaves e controlados nas articulações, para melhorar a flexibilidade, aliviar a rigidez e restaurar a amplitude de movimento do paciente que está com algum tipo de incômodo.
Essa técnica é especialmente útil para pessoas que têm limitações de movimento devido a lesões, dores nas articulações ou que lidam com a artrite.
Somado aos tratamentos, um conjunto de exercícios específicos para devolver o equilíbrio aos músculos pode ajudar! Conheça-o adiante.
Primeiro, é preciso identificar quais cadeias de músculo estão desequilibradas para, depois, iniciar o tratamento corretivo com cuidados ligados à fisioterapia e exercícios específicos de fortalecimento da região afetada.
Antes de sair deste artigo, anote outras sugestões de práticas igualmente eficazes e descubra como praticá-las corretamente.
Esse exercício ajuda a fortalecer as pernas individualmente, corrigindo possíveis desequilíbrios entre elas.
Faça tudo de novo com a perna direita na frente e repita quantas vezes conseguir, com cuidado para não extrapolar seus limites. É importante começar sempre pelo lado mais “fraco”, mas não esqueça de treinar o mais “forte” para não inverter a assimetria (e continuar com o problema).
Um dos melhores exercícios para fortalecer a lombar, os glúteos e corrigir desequilíbrios é a elevação de quadril. Experimente fazê-la com uma das pernas levantada.
Repita o movimento com a outra perna.
Próximo exercício! Também com elevação de perna. Esta prática serve para trabalhar os músculos laterais do tronco e equilibrar a força entre os dois lados do corpo, mas diferente da “temida” prancha abdominal.
Descanse e repita o movimento algumas vezes. Faça o mesmo do outro lado. O importante desse exercício não é a altura que você levanta a perna, mas o tempo que você consegue mantê-la erguida.
Esta é para fortalecer os músculos das costas, braços e ombros!
E você não precisa de halteres de academia para fazer esse exercício! Pode usar o que tiver em casa, como garrafas PET cheias de água. O importante é que o peso seja suportável, mas exija esforço igual dos dois lados.
Nada de ficar parado(a)!
Quanto mais cedo você souber quais músculos estão debilitados, maiores as chances de evitar outras complicações severas, como tendinite, síndrome do piriforme e distensões.
Um estudo divulgado pela Revista Brasileira de Ciências do Esporte avaliou 20 corredores por três meses para verificar a ocorrência de lesão muscular e constatou que 21% dos atletas apresentaram lesões na região do joelho.
O desequilíbrio muscular na região foi a principal causa do problema.
A resposta para esta pergunta pode variar de pessoa para pessoa, dependendo da gravidade do desequilíbrio, do comprometimento dos músculos envolvidos e da adesão ao tratamento. Em casos leves, a melhora aparece dentro de poucas semanas, com exercícios de alongamento e fisioterapia.
Em casos mais complexos, como lesões graves ou antigas, doenças neuromusculares, distúrbios ortopédicos e alterações congênitas, pode ser necessário um período mais longo de cuidados – de meses a até mesmo anos – para conseguir uma correção significativa.
De qualquer forma, a dedicação ao plano indicado pelo médico fisioterapeuta são fundamentais para qualquer paciente obter resultados positivos e duradouros. Busque um profissional capacitado na área e movimente-se!
Fonte: Texto retirado do Blog Atletis
Link: https://www.atletis.com.br/desequilibrio-muscular
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