• 27 março, 2022

Tabagismo: descubra seus malefícios

O tabagismo é reconhecido como um dos principais “vilões” em todo o mundo, sendo responsável por 1 em cada 10 mortes no planeta. Apesar disso, no Brasil, as estatísticas mostram que entre 1990 e 2015 houve uma redução na porcentagem de fumantes, que caiu de 29% para 12% entre os homens e de 19% para 8% entre as mulheres. Mas, mesmo com essa queda, ainda não é hora de comemorar, afinal, nosso país está em oitavo lugar no ranking de número de fumantes (de acordo com a mesma pesquisa) e muitos brasileiros ainda sofrem com os vários malefícios que esse mau hábito pode trazer.

Além de uma redução significativa na qualidade de vida, muitos fumantes correm mais risco de desenvolver doenças sérias, que podem levar à morte, como câncer de pulmão, traqueia, brônquios, laringe, esôfago, bexiga e cavidade bucal. Mas não é só. Fumar também pode colocar em risco a saúde da sua família, já que os “fumantes passivos” ficam expostos a todos os riscos trazidos pela nicotina e também podem desenvolver essas doenças graves. Por tudo isso, essa luta contra o tabagismo ainda é forte e extremamente importante.

Quais os malefícios trazidos pelo tabagismo?

Uma frase muito comum entre os fumantes é alegar que o tabagismo não é assim “tão ruim”, afinal, todo mundo conhece alguém que fumou até os 90 anos e acabou falecendo de complicações não relacionadas ao fumo. Porém, a verdade é que essas pessoas são casos raros e completamente fora das estatísticas. Não é à toa que a OMS (Organização Mundial de Saúde) considera o tabagismo como a principal causa de morte evitável em todo o mundo.

Se você fuma, saiba que o seu corpo pode estar sendo exposto a mais de 4.700 substâncias tóxicas, sendo três delas consideradas extremamente perigosas: o monóxido de carbono (capaz de reduzir a oxigenação sanguínea), o alcatrão (que reúne uma gama de produtos cancerígenos, como arsênio, chumbo e polônio) e a nicotina (responsável pela dependência). Juntas, essas substâncias são capazes de afetar vários órgãos. Veja alguns dos problemas trazidos por esse vício.


Aumenta o risco de câncer

Com tantas substâncias com alto poder cancerígeno presentes no cigarro, seria de se espantar se o tabagismo não aumentasse as chances de câncer. De acordo com dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer), o hábito de fumar é responsável por quase 30% das mortes provocadas por câncer, sendo o mais comum o câncer de pulmão — já que os fumantes têm 20 vezes mais chances de desenvolver esse tipo de câncer do que os não fumantes. Os outros cânceres mais comuns são: de laringe (fumantes têm 10 vezes mais chances de desenvolvê-lo) e de esôfago (com duas a cinco vezes mais chances de ter a doença).

Reduz a expectativa de vida

De acordo com uma publicação do Hospital Sírio-Libanês, o hábito de fumar é responsável por reduzir a expectativa de vida dos homens em cerca de 12 anos, e a das mulheres, em 11 anos. E isso, claro, se deve aos inúmeros problemas de saúde que o tabagismo pode causar, já que ele afeta de forma considerável o funcionamento normal do nosso corpo.

Coloca em risco a saúde da sua boca

A boca é o primeiro a sofrer com os excessos trazidos pelo cigarro, afinal, é ela que está em contato direto com o fumo, e justamente por isso muitos dos “estragos” são notados nesse lugar. O mau hálito pode ser um ponto bem conhecido de quem fuma, mas não é só. A fumaça ainda é capaz de irritar a gengiva e facilitar o aparecimento de cáries e doenças periodontais. Outro ponto negativo é que o cigarro consegue influenciar o funcionamento das papilas gustativas, alterando o paladar de quem fuma. Os riscos de câncer de boca também são muito maiores entre os fumantes.

Afeta o funcionamento normal do seu pulmão

Novamente, a fumaça do cigarro é uma das principais causadoras de problemas, sendo responsável até mesmo por fazer com que os tecidos do pulmão percam a sua elasticidade natural, destruindo parcialmente esse órgão. É por isso que as “chapas” tiradas dos pulmões dos fumantes costumam ser escuras. Esse mau funcionamento é responsável por muitas doenças além do câncer de pulmão, como bronquite crônica e enfisema.

Aumenta as chances de câncer de fígado

O fígado é o nosso órgão responsável por metabolizar todas as substâncias que ingerimos ou tragamos. Por isso, a maior parte dessas mais de 4 mil substâncias tóxicas do cigarro vai parar justamente nesse órgão, aumentando drasticamente as chances de câncer ou de outros problemas.

Náuseas, gastrites e úlceras

A qualidade de vida de um fumante não é das melhores, afinal, são vários problemas de saúde que podem aparecer. O estômago é um dos vários órgãos afetados pelo cigarro, e isso se deve, basicamente, devido aos resíduos de um agrotóxico chamado DDT, presente no alcatrão. O DDT é responsável por irritar as paredes do estômago do fumante, causando vários problemas, que podem ir de simples náuseas a gastrites, úlceras e até câncer de estômago.

Aumenta as chances de derrame

É claro que, com tantos malefícios, o cérebro também seria afetado. E isso se deve principalmente à dificuldade de circulação sanguínea que o cigarro causa. Com os vasos mais comprimidos, a qualidade do sangue diminui e a pressão sanguínea pode aumentar, aumentando a probabilidade de derrame cerebral.

Causa problemas de circulação

Uma circulação sanguínea ineficiente não é ruim apenas para o cérebro. A nicotina é responsável por reduzir a espessura dos vasos sanguíneos, enquanto o monóxido de carbono diminui a concentração de oxigênio no sangue, o que acarreta, entre outras coisas, diminuição da qualidade do sono. Essa combinação pode resultar em graves problemas de saúde, como tromboses, aneurismas, varizes e até a tromboangeíte obliterante, uma doença que afeta as extremidades do corpo e pode levar à amputação dos membros.

Aumenta os riscos de infarto

Se a circulação não vai bem, o coração também é afetado. Nesse caso, a nicotina é responsável por fazer com que o organismo absorva mais colesterol, além, é claro, de elevar a pressão arterial e a frequência cardíaca — aumentando as chances de problemas cardíacos, como o infarto.

Como os familiares são afetados pelo tabagismo?

Você acredita que o tabagismo apenas pode causar problemas de saúde para você? Pois está muito enganado. A fumaça tóxica do cigarro também afeta todos a sua volta, chamados de “fumantes passivos”, que podem sofrer dos mesmos problemas de saúde, ainda que optem por não fumar.

De acordo com uma pesquisa feita pelo INCA e divulgada pelo Ministério da Saúde, os fumantes passivos têm 30% mais chance de desenvolver câncer de pulmão e 24% mais chances de infarto do que os não fumantes. Ainda que seus familiares não fumem, ao estarem constantemente em contato com a fumaça tóxica dos seus cigarros, também ficam expostos a todas as substâncias presentes no fumo e, portanto, correm risco de desenvolver doenças graves.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, atualmente, aproximadamente dois bilhões de pessoas sejam vítimas do fumo passivo, sendo que, desse número, quase 700 milhões são crianças, o que aumenta as chances de pneumonia, bronquites e infecções de ouvido. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que quase 40% das crianças sejam vítimas do fumo passivo. Assim, ao fumar, você acaba também expondo os seus familiares (e até os seus filhos) a vários problemas de saúde, como:

  • doença cardiovascular;
  • AVC;
  • infarto;
  • câncer de face ou de pulmão;
  • enfisema pulmonar.
    Isso porque um fumante passivo é capaz de consumir o equivalente a quase 10 cigarros por dia, dependendo da exposição que acaba sofrendo. E, se essas pessoas são expostas ao fumo em ambientes fechados, o problema é ainda mais grave. 

Ou seja, se a sua vontade de parar de fumar não é grande o suficiente, lembre-se de que, ao manter esse hábito, você não estará apenas colocando em risco a sua saúde, mas também a da sua família e das pessoas que convivem com você, reduzindo a qualidade e o tempo de vida dessas pessoas.

Fonte: Rituaali

Fonte: Flowing