• 4 fevereiro, 2019

Consumo de álcool reduz a expectativa de vida

Um drinque ou outro pode até fazer bem para o estado de ânimo das pessoas, mas para a saúde é um risco.

De acordo com estudos da Universidade de Cambridge, a quantidade aparentemente segura seria até 100 gramas por semana, o que corresponde a sete taças de 150 ml, ou seja, uma por dia. A partir desse limite, o corpo fica mais suscetível às doenças cardíacas, encurtando a expectativa de vida.  O ideal é não beber, insistem os especialistas.

A equipe conseguiu fazer a relação entre hábito de consumo e redução na expectativa de vida. Quanto maior a ingestão, mais curto fica o futuro.

Menos álcool, mais vida. “Fizemos um estudo de saúde pública.  Beber menos pode ajudá-lo a viver mais e reduzir o risco de várias doenças cardiovasculares”, disse Angela Wood, bioestatística da Universidade de Cambridge, que liderou o estudo. A equipe também explorou as ligações entre álcool e diferentes tipos de doenças cardiovasculares. As pessoas que bebiam mais tinham maior risco de acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, doença hipertensiva fatal e aneurisma aórtico fatal (doença onde a artéria ou veia incha a ponto de estourar).

No entanto, níveis mais elevados de álcool também foram associados à redução de risco de ataque cardíaco ou infarto do miocárdio. “O consumo de álcool está ligado a uma probabilidade ligeiramente menor de ataques cardíacos não fatais, mas o pequeno benefício é eliminado com o aumento de outras doenças cardiovasculares graves – e potencialmente fatais”, disse Wood em um comunicado.

Os autores sugerem que o risco variável de diferentes formas de doença cardiovascular pode estar relacionado ao impacto do álcool sobre a pressão sanguínea e níveis de HDL – ou colesterol “bom”.

Além do limite. Uma equipe de pesquisadores internacionais levantou os hábitos de consumo de quase 600 mil usuários atuais incluídos em 83 estudos em 19 países. A metade bebe mais de 100 gramas de álcool por semana e 8,4% dos entrevistados, 350 gramas. Dados sobre idade, sexo, presença de diabetes, tabagismo e outros fatores relacionados à doença cardiovascular também foram analisados.

Álcool não faz bem (em nenhuma quantidade). “O estudo de Cambridge mostrou que o consumo de álcool em níveis que se acredita serem seguros está, na verdade, ligado a uma menor expectativa de vida e a vários resultados adversos à saúde”, diz Dan Blazer, da Duke University, coautor do estudo.

Limite recomendado depende do país. O limite de consumo semanal sugerido no Brasil, segundo a CISA, segue o padrão da Organização Mundial de Saúde (OMS), ou seja, 10-12 g de álcool por dia – em média, uma taça de vinho (100 ml), um copo de cerveja (330 ml) ou uma dose de destilado (30 ml).

Você sabe o quanto está bebendo?

Vinho tinto (Uma taça)

Volume: 150 ml

Teor alcoólico: 12%

Quantidade de álcool (volume x teor alcoólico): 18 ml

Gramas de álcool (volume de álcool x 0,8*): 14,4 gramas

Cerveja (Uma lata ou uma tulipa de chope)

Volume: 350 ml

Teor alcoólico: 5%

Quantidade de álcool (volume x teor alcoólico): 17,5 ml

Gramas de álcool (volume de álcool x 0,8*): 14 gramas

Destilado (Uma dose)

Volume: 40 ml

Teor alcoólico: 40%

Quantidade de álcool (volume x teor alcoólico): 16 ml

Gramas de álcool (volume de álcool x 0,8*): 12,8 gramas

*A quantidade de álcool em gramas é obtida a partir da multiplicação do volume de álcool contido na bebida pela densidade do álcool (d=0,8).

FONTE: Portal Plenae Por  Programa álcool e drogas sem distorção do Hospital Albert Einstein

Fonte: Flowing