• 10 outubro, 2024

11 de outubro: Dia Nacional de Prevenção da Obesidade

O Dia Nacional de Prevenção da Obesidade foi instituído pela Lei nº 11.721/2008, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da sua prevenção, livre de estigma e  com informações baseadas em evidências científicas que comprovam o aumento do risco de diversas doenças entre as pessoas obesas, tais como: diabetes, hipertensão, doenças do coração e até mesmo alguns tipos de câncer.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2020), mais da metade dos adultos apresenta excesso de peso (60,3%, o que representa 96 milhões de pessoas), com prevalência maior no público feminino (62,6%) do que no masculino (57,5%). Já a condição de obesidade atinge 25,9% da população, alcançando 41,2 milhões de adultos.  

A obesidade é uma doença prevalente e, sabendo disso, continue lendo para descobrir o que é, quais os fatores de risco, com o prevenir e o tratamento. 

O que é obesidade?

A obesidade é uma doença crônica, definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo.   Muitos fatores contribuem para o ganho de peso excessivo, sendo os principais: estilo e hábitos de vida, o padrão alimentar, a prática de atividade física e rotinas de sono. Outros fatores que predispõem ao ganho de peso são genética, uso de determinados medicamentos e algumas doenças. 

O índice de massa corporal (IMC) não é o único, mas é um dos principais parâmetros utilizados para a classificação de obesidade. Ele é calculado dividindo-se o peso em kg pela altura ao quadrado em metros. Dependendo do resultado, a classificação é a que se segue:

  • Normal: IMC de 18,5-24,9 
  • Excesso de peso: IMC de 25-29,9 
  • Obesidade grau I: de 30 a 34,9 
  • Obesidade grau II: de 35 a 39,9 
  • Obesidade grau III: acima de 40 
O que causa a obesidade?

A obesidade tem uma origem multifatorial e engloba fatores biológicos, sociais, emocionais e comportamentais. O aumento do peso decorre de fatores predisponentes associados a fatores externos, como o sedentarismo, o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e calóricos, sono insuficiente, uso de medicamentos e nível socioeconômico.Para entendermos melhor essa condição, existem alguns outros fatores que favorecem o ganho de peso levando à obesidade. São eles: 

  • Genética: a genética afeta como seu corpo processa alimentos em energia e a energia resultante desse processamento, bem como a gordura é armazenada;
  • Envelhecimento: a idade faz com que haja diminuição da massa muscular e a uma taxa metabólica mais lenta, facilitando o ganho de peso.
  • Não dormir o suficiente: pode causar alterações hormonais que fazem você sentir mais fome e desejar certos alimentos altamente calóricos.
  • Gravidez: muitas mulheres ganham peso além do esperado durante a gravidez. Este ganho excessivo pode levar à obesidade.

Certas condições de saúde também influenciam no ganho de peso. Elas incluem, ainda:

  • Síndrome dos ovários policísticos (SOP) – condição que causa um desequilíbrio dos hormônios reprodutivos femininos.
  • Síndrome de Cushing  – condição causada por doenças que afetam a glândula suprarenal, produzindo grandes quantidades de cortisol ou pelo uso de corticoides de forma prolongada.
  • Hipotireoidismo (tireoide hipoativa) – doença na qual a tireóide apresenta uma produção insuficiente de hormônios.
  • Osteoartrite e outras condições que causam dor – podem levar à redução da atividade física espontânea. 
Quais são os riscos para a saúde associados à obesidade?

A obesidade aumenta o risco de desenvolver condições crônicas, incluindo: 

  • Diabetes tipo 2: O risco de diabetes tipo 2 aumenta com o grau e a duração da obesidade. Esta doença está associada à obesidade central, na qual a pessoa tem excesso de gordura na cintura (figura corporal em forma de maçã).
  • Pressão alta (hipertensão): A hipertensão é comum entre adultos obesos, podendo, a longo prazo, levar a outras complicações como o acidente vascular cerebral.
  • Colesterol alto (hipercolesterolemia). 
  • Ataque cardíaco: Estudos associam que o risco de desenvolver doença arterial coronariana aumenta em pessoas obesas.
  • Câncer: A obesidade é um fator de risco para câncer de cólon em homens e mulheres, câncer de reto e próstata em homens e câncer de vesícula biliar e útero em mulheres. A condição também pode estar associada ao câncer de mama, particularmente em mulheres na pós-menopausa.
  • Osteoartrite (artrite degenerativa) dos joelhos, quadris e parte inferior das costas. 
  • Apneia do sono.
Como a obesidade é tratada?

Para tratar e cuidar das pessoas com sobrepeso e obesidade devem ser considerados os determinantes e condicionantes do sobrepeso e da obesidade, sem culpabilização, estigmatização e discriminação da pessoa ou sua família. 

Desse modo, é importante observar o chamado ambiente obesogênico, entendendo quais fatores dentro de residências, nas escolas, nas universidades e nos locais de trabalho podem contribuir para hábitos de vida não saudáveis. 

Se você não conseguiu perder peso por conta própria, a ajuda médica é uma opção. Seu médico trabalhará com você para propor mudanças necessárias no estilo de vida. Além disso, para alguns casos, como apoio as mudanças de estilo de vida, podem ser prescritos medicamentos para auxiliar durante o processo. Outra variável que pode ser considerada pelo seu time de saúde é a cirurgia, que apresenta critérios específicos para sua realização.

Que estilo de vida e mudanças comportamentais ajudam na perda de peso?

A prevenção é a melhor forma de prevenção. Com relação às mudanças de estilo de vida, os pilares estão na alimentação e atividade física.  

Segundo o Guia Alimentar da População Brasileira, temos os alimentos in natura como o arroz, feijão, frutas, verduras, carnes, as chamadas comida de verdade. Além destes, temos os ultraprocessados, como salgadinhos, biscoitos, refrigerantes, fast food, entre outros.  

Entender sobre essa diferença entre os alimentos é essencial, pois os ultraprocessados, em geral, são ricos em açucares, gorduras e sal, apresentando uma alta concentração de calorias.

Você sabe ler rótulos? 

Dessa forma, compreender o tipo de alimento e a qualidade do alimento ajudam a fazer melhores escolhas. 

Além da qualidade do alimento, é importante também atenção a quantidade e aos sinais de saciedade. E aqui, entramos no tema da alimentação realizada em ambiente adequado, sem uso de celulares ou televisões para distração. Ao se alimentar de forma distraída, é maior a chance de você consumir um maior volume de alimentos e não estar atento aos sinais de saciedade. 

Temos que lembrar também que o ato de escolher, preparar os alimentos e fazer a refeição, devem ser construídos enquanto indivíduo e enquanto família. Então, atenção a esse importante hábito que também é uma oportunidade de socialização e autocuidado. 

Além da alimentação, a atividade física é um importante aliado do controle do peso e da saúde como um todo. Segundo o Guia de Atividade Física da População Brasileira: 

  • Para as atividades físicas moderada:  praticar, pelo menos, 150 minutos de atividade física por semana. Na prática das atividades físicas moderadas, você vai conseguir conversar com dificuldade enquanto se movimenta e não vai conseguir cantar. A sua respiração e os batimentos do coração vão aumentar moderadamente.
  • Para as atividades físicas vigorosas: praticar, pelo menos, 75 minutos de atividade física por semana.
  • Além dos benefícios já citados, a atividade física também é importante para melhora do padrão do sono, redução do estresse e sintomas de ansiedade e depressão. 

Caso você esteja enfrentando dificuldades no processo de entender o seu ambiente e os limitantes para apoiá-lo no controle do peso, consulte o seu time de saúde e procure um médico para o seu acompanhamento.

Fonte: texto retidado do blog Unimed BH
Link: https://viverbem.unimedbh.com.br/prevencao-e-controle/obesidade-tratamento/

Fonte: Flowing